quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Aécio Neves critica União por ‘desprezo a Minas’

O senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB) criticou na última quarta-feira (26) o que chamou de desprezo do governo federal pela agenda que interessa a Minas no Congresso. Depois de adiada a votação do projeto de renegociação das dívidas de estados e municípios com a União, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ele prometeu defender a votação, ainda neste ano, da proposta do marco regulatório da mineração.

A análise da matéria pelo colegiado ficou para 12 de março. O relator da proposta, Luiz Henrique (PMDB-SC), votou pela rejeição das emendas apresentadas por Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e manteve o teor da proposta aprovada pela Câmara em outubro de 2013.

“O governo do PT desprezou a agenda que interessa a Minas Gerais. Na questão federativa, a renegociação das dívidas dos estados, que era fundamental para que tivéssemos mais recursos para investir na segurança, na saúde, o governo, pela incompetência na gestão da política econômica, opta por tirar da pauta a renegociação da dívida, depois de acordo firmado com o ministro Guido Mantega”, reclamou Aécio.

O senador lembrou que desde 2008 deu sugestões ao projeto do Novo Código da Mineração, que possibilitaria o aumento dos royalties para estados e municípios. “Hoje, os estados e municípios mineradores, que têm áreas degradadas pela atividade mineral, têm um retorno absolutamente irrelevante”. Segundo ele, o projeto caminhou no Congresso e as próprias mineradoras concordaram com a mudança da alíquota de royalties, que passaria de 2% do resultado líquido para 4% do resultado bruto. “Na última hora, o que faz o governo? Com a sua maioria, impede que seja votada”.

O presidenciável criticou o número de obras atrasadas no estado e citou as ampliações do Aeroporto Internacional de Confins e do metrô de Belo Horizonte, “que no governo do PT não teve um palmo sequer de novas linhas”.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/aecio-neves-critica-uni-o-por-desprezo-a-minas-1.222346

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Aécio Neves: “Brasil precisa de alternativa que reconstrua a confiança”

Durante comemoração dos 20 anos do Plano Real, senador diz que país precisa reviver a esperança no futuro.

O senador Aécio Neves afirmou, nesta terça-feira (25/02), que o Brasil precisa reconstruir a confiança no país e colocar suas riquezas a serviços de todos os brasileiros. O senador falou hoje durante comemoração dos 20 anos do Plano Real, realizada em sessão solene no Congresso Nacional com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos principais líderes tucanos e do Congresso.

Aécio Neves alertou que as novas gerações precisam resgatar a enorme dívida social que o país ainda deve aos mais pobres.

“Temos o dever de continuar a luta determinada para resgatar a enorme dívida social que o país ainda tem com milhões de cidadãos e garantir às novas gerações as condições para viver num Brasil mais justo, democrático e desenvolvido, onde riquezas que pertencem a todos estejam realmente a serviço de todos. Um país em que o conhecimento, a renda e as oportunidades sejam distribuídos com justiça. Um país que olhe seu futuro com mais esperança e menos sobressaltos. Queremos oferecer aos brasileiros uma alternativa que reconstrua a confiança no país, como fez o Plano Real há duas décadas”, disse o senador Aécio, aplaudido em seu discurso.

Aécio Neves destacou a importância para a vida dos brasileiros do Plano Real, um conjunto de medidas econômicas que pôs fim à hiperinflação no país vinte anos atrás, lançado pelo ex-presidente Itamar Franco e implantado pelo ex-presidente Fernando Henrique.

Choque de esperança

O senador Aécio Neves destacou que, duas décadas depois, o PSDB continua reunindo condições para fazer as mudanças cobradas pela sociedade brasileira e disse que o partido trabalha para garantir um futuro mais justo e desenvolvido para todo conjunto da sociedade.

“É urgente abrir espaços para que a sociedade restaure a fé nas possibilidades de seu próprio crescimento e ascensão social em ambiente de segurança, participação e respeito. Precisamos de um novo choque de esperança e confiança, como aquele que o Plano Real produziu 20 anos atrás. Se já realizamos esta transformação uma vez, quando tudo parecia absolutamente impossível, temos condições de fazê-la novamente. Em favor do povo brasileiro e dos seus sonhos, que são os nossos sonhos. Em favor do povo brasileiro e das suas grandes esperanças. Que são as nossas esperanças”, afirmou.

Reforma transformadora


Durante a sessão solene realizada com a presença dos parlamentares tucanos e dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Aécio Neves destacou ainda que nenhuma outra reforma econômica teve a capacidade de transformar o país em sua história recente como a nova moeda: o Real. O senador ressaltou a importância de medidas adotadas em conjunto com o plano, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, que permitiu mais rigor e transparência sobre os gastos públicos.

“Precederam a nova moeda medidas preparatórias importantes, acompanhadas de ajustes, diálogo e grande compromisso com a transparência. Nenhuma outra reforma econômica na nossa história recente foi mais transformadora que o Plano Real. A revolução silenciosa, progressiva, chegaria depois, em 2000, com a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal. Acrescentamos o tripé que por anos deu suporte à nossa economia, com o sistema de metas de inflação e o regime de câmbio flutuante e um confiável superávit primário. Vistas em conjunto, estas medidas mostram como a feição do país foi completamente redesenhada nestas últimas décadas”, disse Aécio Neves.

Ele destacou ainda a coragem política dos ex-presidentes Fernando Henrique e Itamar Franco na implantação do Real.

“Com o mineiro Itamar Franco, a quem homenageio e reverencio, viramos esta página da nossa história. E uma nova história se iniciou. Em uma atitude extremamente política corajosa e em tudo surpreendente para o ambiente da época, Itamar convoca Fernando Henrique Cardoso — então Ministro das Relações Exteriores — para o Ministério da Fazenda. A aposta do presidente não se baseava nas razões técnicas ou econômicas. O gesto político foi outro. De outra dimensão. Itamar alçou à posição central do comando da economia um brasileiro, na inteireza do que essa expressão possa significar, um gigante para os desafios que se colocavam à sua frente”, disse Aécio Neves.

O Plano Real

Em 27 de fevereiro de 1994, a Medida Provisória n° 434, instituiu a URV (Unidade Real de Valor), dando início às medidas que permitiram ao Brasil estabilizar sua moeda. À época, Fernando Henrique Cardoso era ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. No mesmo ano, FHC foi eleito presidente da República e deu sequência às medidas previstas no Plano Real.

As mudanças realizadas puseram fim aos anos de hiperinflação e de perdas financeiras das famílias. Durante dez anos a inflação consumia o salário dos trabalhadores. Em abril de 1990, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6.821%. O Plano Real pôs fim ao alto custo de vida e permitiu aos brasileiros dar início a um novo ciclo no país.



Policiais federais "enxugam gelo" em novo protesto em Belo Horizonte

Em estado de greve, categoria denuncia dificuldades nas ações de combate à criminalidade. Novos protestos estão marcados para março

Policiais federais de Belo Horizonte participam de uma nova manifestação na manhã desta quarta-feira. Na mobilização, que acontece em diferentes partes do estado e do país, os policiais fazem o gesto simbólico de “enxugar gelo” para mostrar as dificuldades nas ações de combate à criminalidade.

“Estamos mostrando que a Polícia Federal tem feito nos últimos anos. Por que isso? Não é porque não queremos trabalhar, é todo um clima desmotivacional imposto pelo governo federal, que desvaloriza o órgão. A gente hoje em dia não tem verba para fazer as nossas atividades”, explica o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (SINPEF-MG), Rodrigo Porto.

Nesta manhã, os serviços agendados, como emissão de passaporte e controle de estrangeiros estão sendo atendidos normalmente. Ainda segundo Porto, novos protestos estão marcados para os dias 11, 12 e 13 de março em Brasília, onde profissionais de várias partes do país devem participar de uma marcha. 

Os policiais federais denunciam que estão com os salários congelados há sete anos e ainda não conseguiram o reconhecimento legal de suas atribuições. A categoria também afirma que muitos profissionais acabam deixando a corporação para realizar concursos públicos para outros cargos ou se aposentando, por causa da desvalorização da carreira. No fim do ano passado, eles já haviam protestado contra o congelamento da carreira, alegando que estão sendo alvo de boicotes por causa de operações anticorrupção que, segundo o sindicato, abalaram o cenário político do país.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/02/26/interna_gerais,502235/policiais-federais-enxugam-gelo-em-novo-protesto-em-belo-horizonte.shtml

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"País precisa derrotar nas urnas a mentira", diz Aécio

Ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador mineiro, pré-candidato à Presidência da República, se colocou "como alternativa, como fez o Plano Real há vinde anos"

Um discurso de oposição ao governo de Dilma Rousseff homenageou, nesta terça-feira no Senado, os 20 anos do lançamento do Plano Real. Autor do requerimento para a realização do evento, o senador e candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), falou para o plenário lotado por lideranças políticas. Diante da presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Aécio defendeu que “o país precisa derrotar nas urnas a mentira e os pactos de conveniência”.

Em ano de disputa eleitoral, com Dilma Rousseff pré-candidata à reeleição, Aécio lembrou que, em 1994, no governo Itamar Franco (1930/2011), o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso (PSDB) gerenciou a execução do “plano mais exitoso do mundo, pelo menos nos últimos 50 anos”.

De acordo com o senador, a política econômica não foi mantida pelos petistas, que não levaram adiante as conquistas advindas do Plano Real. “De tijolo sólido ( economia sob a égide do Plano Real), vivemos uma economia frágil”, disse Aécio. O senador defendeu uma mudança no governo e afirmou que é hora de o país “receber um novo choque de esperança e confiança como foi o Plano real há 20 anos”. Para o senador , “quem suceder ao atual governo atual vai governar em dias difíceis até recuperar a confiança”. Diante dos dados econômicos elencados por Aécio, o país “mergulhou na despernaça no futuro” com os 12 anos do governo do PT, iniciado em 2003 com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. “”Formulações ideológicas nos afastaram do desenvolvimento econômico”, acentuou Aécio.

FHC

Antes de participar da solenidade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse  que está na hora de o país passar por outra grande mudança, equivalente a que houve com a implantação do Plano Real. "Não vou me antecipar, mas o povo sente que está na hora de mudar o rumo", afirmou o tucano a caminho do plenário do Senado.

Ele atacou a política econômica do governo e disse que é preciso continuar a ver onde estão os problemas do país. Mas isso, segundo ele, "não pode ser feito na calada da noite, tem que abrir o jogo". "A gente tem que dizer a verdade ao povo, com sinceridade, e não fazer o tempo todo propaganda. Não fiz propaganda do que ia fazer, mas mostrei ao país naquela ocasião quais eram as dificuldades e por que podíamos superá-las", referindo-se à implantação do Plano Real.

FHC disse que se preocupa com os rumos da economia, mas destacou que não pode cometer injustiças sobre o controle da inflação. "Não posso ser injusto e dizer que o governo não controla a inflação. Eu tinha 20%, 30% ao mês. Agora são 6% ao ano". Ele destacou como importante o cumprimento de metas da inflação e a manutenção da Lei de Responsabilidade Fiscal. Também ressaltou que não há receita para uma boa condução econômica. "Política econômica é navegação. Não pode ter uma ideia fixa, mas alguns rumos precisam ser mantidos", afirmou FHC, que aproveitou ainda para criticar a condução dada pela presidente Dilma Rousseff ao assunto. "Nesse momento o Brasil está um pouco em um compasso diferente do resto do mundo".

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/02/25/interna_politica,501831/pais-precisa-derrotar-nas-urnas-a-mentira-diz-aecio-em-anviversario-do-plano-real.shtml

PMDB-RJ pode apoiar Aécio na corrida presidencial

Proposta de apoio à candidatura de Aécio Neves à Presidência da república será votada em convenção do PMDB

Rio de Janeiro – Em resposta à candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio de Janeiro, o PMDB do estado deverá aprovar em convenção a rejeição à reeleição da presidente Dilma Rousseff e o apoio ao tucano Aécio Neves. O presidente regional do partido, Jorge Picciani, disse ontem que a proposta é apoiada pela maioria dos integrantes da legenda com voto na convenção. Segundo Picciani, a candidatura de Lindbergh inviabiliza o apoio do PMDB-RJ a Dilma, porque o partido não aceita palanque duplo para a presidente. Lindbergh foi lançado candidato no sábado, com festa na quadra da escola de samba Salgueiro.

O candidato do PMDB à sucessão do governador Sérgio Cabral é o vice, Luiz Fernando Pezão, que assumirá o governo em 3 de abril. Apesar da movimentação do comando estadual do partido para deixar Dilma e apoiar Aécio, Cabral e Pezão tornaram público o apoio à reeleição da presidente. O presidente do PMDB-RJ disse que a convenção fluminense está marcada para junho, mas poderá ser antecipada, para formalizar logo o apoio a Aécio. “Eu sempre disse que sou contra a tese do palanque duplo. Nós sempre defendemos a reeleição da presidente Dilma, mas, se não houver reciprocidade no Rio, com apoio do PT a Pezão, vou encaminhar contra o apoio a Dilma. Minha posição é afunilar o mais rapidamente para a candidatura de Aécio”, afirmou Picciani.

Picciani afirmou que a rejeição ao palanque duplo também vale para Aécio e, se o PMDB fechar com o PSDB, espera que o candidato tucano à Presidência da República faça campanha apenas ao lado de Pezão. “O governador Aécio tem todo o direito de buscar candidatos e um palanque no Rio. Se o PMDB do Rio, de forma majoritária, optar pelo apoio a ele, acredito que ele conduzirá o PSDB para nossa aliança”, declarou.

Coordenador da campanha de Pezão, Picciani disse que tem evitado tratar da retirada do apoio a Dilma com Cabral e Pezão, já que eles apoiam a presidente. “Vou aguardar o tempo deles”, afirmou. Com 15% dos votos, o PMDB-RJ deverá votar em peso contra o apoio a Dilma também na convenção nacional, apesar de o vice-presidente Michel Temer ser do partido. Picciani reconhece, porém, que “não quer dizer que será decisivo” e a tendência do PMDB nacional é manter a aliança com Dilma.

Cabral deverá ser candidato ao Senado, mas a formação final da chapa de Pezão dependerá dos acordos com outros partidos, segundo Picciani. Outra opção é ser candidato a deputado. “A candidatura inamovível é a de Pezão. Cabral vai fazer o que for melhor para a candidatura de Pezão, para o partido, para o estado. O governador é líder do partido, colocou seu nome à disposição. Ninguém tem mais preocupação com o destino do Rio de Janeiro do que Cabral”, disse.

“BOQUINHA” Picciani reclamou dos ataques de Lindbergh ao governo Cabral e ironizou a saída do PT do governo do estado, depois de sete anos de aliança. O PT tinha duas secretarias, de Meio Ambiente e de Assistência Social e Direitos Humanos, entregues no mês passado. “Foi difícil para eles sair da boquinha, foi uma decisão sofrida”, provocou. “Eles vêm batendo muito em nós e nós não fazemos isso com o governo Dilma”, disse o dirigente peemedebista.

Ataques à economia

A cerimônia de lançamento da candidatura ao governo de Pernambuco do secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), serviu também para uma série de alfinetadas à presidente Dilma Rousseff, provável adversária do governador Eduardo Campos (PSB-PE) na eleição presidencial de outubro. Nessa segunda-feira, no Recife, em um auditório lotado de prefeitos, vereadores, líderes partidários e pessoas passando mal de tanto calor, Campos afirmou que o Brasil cresceu somente até 2010, último ano do governo do ex-presidente Lula. “Hoje, o Brasil vive, há três anos, com um baixo crescimento econômico, metade do que cresce a América Latina e metade do que cresce o mundo, diferente do período anterior”, disse o governador.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Polícia Federal cumpre mandado e prende Roberto Jefferson

O ex-deputado foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal cumpriu às 12h21 desta segunda-feira (24), o mandado de prisão expedido pelo STF contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), condenado a sete anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto no processo do mensalão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Poucos minutos antes, os agentes da PF, que desde a madrugada de sábado fazem plantão em frente à casa de Jefferson em Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio, entraram no imóvel e lhe apresentaram a ordem de prisão.

Jefferson assinou o documento, foi até o portão de sua casa e disse aos jornalistas: "Como vocês estiveram dias e dias aqui na porta da minha casa, aqui está o mandado de prisão. Agora vou tomar um banho e descer com a PF (para o Rio de Janeira). Boa tarde a vocês e desculpe o mau jeito."

No início da manhã Jefferson havia criticado a demora para a chegada do mandado, mas ao receber o mandado ele amenizou a crítica: "(a demora) Faz parte da burocracia". O delator do mensalão será conduzido numa viatura à Superintendência da PF no centro do Rio.

Por meio de conta na rede social Twitter, a PF confirmou que recebeu o mandado de prisão do ex-deputado. O pedido de prisão domiciliar, solicitado pela defesa, em função de problemas de saúde, foi negado pela Justiça.

Na decisão, o presidente do STF, o ministro Joaquim Barbosa, que ouviu os responsáveis pelo sistema prisional no Rio de Janeiro, alegou que é possível oferecer ao réu tratamento médico prescrito dentro da penitenciária. Para justificar o pedido de prisão domiciliar, a defesa do ex-deputado apresentou a dieta nutricional que Jefferson deve seguir.

O ex-deputado condenado no processo do mensalão também foi avaliado por uma junta médica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), onde já faz tratamento. Em dezembro de 2013, os médicos afirmaram que o estado de saúde do condenado não exigia cuidados em casa. Os especialistas explicaram que o ex-deputado deve tomar os remédios regulares e seguir a dieta.

A dieta prescrita para Jefferson inclui banana com canela, geleia real e pão preto. No almoço, o prato deve ser ter salada, arroz integral, carne ou salmão defumado e, no jantar, sopa de legumes.

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/pol%C3%ADcia-federal-cumpre-mandado-e-prende-roberto-jefferson-1.793915

Minas terá peso decisivo nessas eleições

Segundo maior colégio eleitoral do país, com mais de 15 milhões de eleitores, Minas Gerais merece a atenção especial dos pré-candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Só este mês, a presidente somará duas visitas ao estado. No dia 17, em Governador Valadares, ela prometeu duplicar a BR-381 até o município. Na quarta-feira 26, irá em Betim, para cumprir agenda não divulgada.

O senador Aécio Neves visitou o estado em duas ocasiões: no dia 14 se encontrou com empresários em Nova Lima, na última quinta-feira lançou a sua pré-candidatura ao Planalto e a de Pimenta da Veiga a governador.

Os dois candidatos mineiros à Presidência da República elegeram o estado onde nasceram como o principal campo de batalha na conquista do voto. Nessa lógica, os candidatos ao governo também têm a preocupação de percorrer o território mineiro – 853 municípios –, onde cada região tem características distintas.

O PSDB trabalha para que Aécio consiga vantagem de 4 milhões de votos em Minas. É a mesma meta que o PT quer atingir e que pode definir o resultado da eleição à Presidência. Para as duas siglas, um desafio: ao concentrar esforços em território mineiro, a pré-campanha não estaria deixando de ocupar outros espaços no país?

O pré-candidato petista Fernando Pimentel, questionado se as vindas constantes de Dilma a Minas fazem parte da estratégia eleitoral, argumentou que trata-se do cumprimento da agenda de governo.

“A presidente é mineira e tem um carinho especial por Minas Gerais, onde tem vindo com uma agenda muito positiva de realizações, entregas e anúncios. Esteve aqui para entregar máquinas e equipamentos do PAC 2, para que os próprios prefeitos possam fazer obras de pequeno porte em vias de trânsito de pessoas e deslocamento de produção. Esteve aqui para formatura de alunos do Pronatec, o maior programa de qualificação profissional e técnica em andamento no mundo, com mais de 5,7 milhões de brasileiros matriculados. Esteve aqui para anunciar um extenso programa de obras de mobilidade urbana, incluindo R$ 2 bilhões à disposição do governo estadual para as obras de metrô em BH, além de BRTs e corredores de ônibus por cidades como Uberlândia e Uberaba”, destacou.

Tranquilo

Pimenta da Veiga afirma que o PSDB está tranquilo e que a presença da presidente Dilma não interfere no que foi programado. “O PT está caindo numa armadilha nossa. Já toma corpo no estado um sentimento de eleger um presidente de alma verdadeiramente mineira. Portanto, as viagens da outra candidata a Minas Gerais não produzirão resultado”.

Tucanos prometem reação forte à presença de Dilma no estado

Para o candidato a governador Pimenta da Veiga, “a Dilma vai enfrentar resistências, vai trabalhar num terreno que não é fértil. Não vamos reagir, vamos agir”, declara.

Do outro lado da trincheira, Pimentel retruca: “Não à toa, como mostram as pesquisas, a influência da presidente Dilma e do ex-presidente Lula entre os mineiros não apenas igualou como superou a dos nossos adversários”.

Diante desse quadro e sendo Minas Gerais o segundo maior colégio eleitoral do país, “é natural imaginar que a presença da presidente durante a campanha será intensa”, acena o petista.

O tom acirrado dos candidatos que polarizam a disputa evidencia a importância de Minas neste pleito, diz o cientista político Otávio Dulci. Para ele, isso era previsível, porque o principal pré-candidato da oposição, Aécio Neves, também é mineiro, ex-governador do estado.

“Há uma tendência de locais onde o candidato tem uma base forte serem muito disputados. O Aécio tem de alcançar aqui um capital eleitoral bom. Os adversários vão tentar reduzir essa vantagem dele e é importante que façam isso, senão perdem espaço”, afirma.

Contudo, Dulci pondera que se Aécio concentrar demais sua atenção em Minas, puxado pelas investidas petistas no estado, pode perder espaço em outras regiões onde é menos conhecido.

“Mas ele não vai fazer isso. Ele já pediu aos aliados que façam a campanha dele aqui, pra que possa ir a outros estados. É uma estratégia inteligente, mas tem que tomar cuidado para não perder espaço na sua ausência”. 

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/minas-tera-peso-decisivo-nessas-eleic-es-avaliam-candidatos-1.221302

Fogo amigo? Lula critica o Governo Dilma

O Apedeuta anda criticando o governo Dilma em conversa com interlocutores. Primeira pergunta: ele quer voltar? A segunda: há a possibilidade de ser ele o candidato do PT? A terceira: as críticas fazem sentido?

Pois é… Vou começar pela mais fácil.. Sim, Lula adoraria voltar. Eu diria até que, intimamente, ele não pensa em outra coisa. Mas sabe que isso é muito difícil — diria mesmo ser impossível hoje. Num cenário de catástrofe, não tenham dúvida de que o salvador da pátria se apresentaria.

Mas isso não está no horizonte. Ademais, Dilma não exibe números espetaculares segundo os institutos de pesquisa, mas é franca favorita à reeleição — e no primeiro turno, segundo os números de hoje. Talvez, lá no fundo do peito, nos seus desejos mais recônditos, mais profundos, o ex-presidente até torcesse para que ela despencasse e se mostrasse uma candidata de alto risco. Mas isso não aconteceu. Botá-la em escanteio seria visto como um gesto truculento e, na verdade, desnecessário.

Então sintetizo agora duas respostas numa só: querer, ah, isso ele quer muito. Mas não pode. Não tem como tirar Dilma do meio do caminho.

Lula virou uma espécie de psicanalista de alguns setores descontentes com o governo. Tem recebido uma verdadeira romaria — inclusive de alguns pesos pesados da economia — que lhe pedem para voltar. Desde José Rainha — um dissidente esquerdista do MST, que agora fundou seu próprio movimento — a alguns pesos pesados do PIB, a romaria dos que vão a Lula é grande.

E ele não se furta ao papel absurdo de presidente paralelo. Ouve as reclamações, tranquiliza o interlocutor, promete providências e, como se nota, deixa vazar críticas à sua sucessora. Lula, como sempre, está descumprindo uma promessa. Tinha anunciado que seria um ex-presidente discreto e silencioso, como nunca antes na história deste país, para usar um bordão seu. E, como nunca antes da história deste país, é um ex-presidente que tem ambição de continuar governando.

O chefão petista considera — a Folha de hoje traz uma reportagem a respeito — o governo Dilma centralizador demais e avalia que ela se afastou dos empresários. Acha a gestão pesada, lenta. Acredita também que a atual equipe econômica já deu o que tinha de dar — vale dizer: Guido Mantega. As suas críticas, afinal de contas, procedem?

Depende. Tomadas as coisas como são, a resposta é “sim”. Mas Dilma faz algo muito diferente, ou deixa de fazer alguma coisa, na comparação com o seu antecessor, o próprio Lula? A resposta é “não”. Então o que foi que mudou? A realidade internacional. Deem a Dilma a mesma economia mundial que Lula tinha, com a China crescendo em ritmo alucinante, com o preço das commodities primárias nas alturas, e ela se sairia melhor. Deem a Dilma um cenário de corrida do dinheiro para os países emergentes para fugir da crise americana e europeia, e ela se sairia melhor. Acontece que esses eventos não vão se repetir.

Dilma está pegando a fase final das “virtudes” do modelo lulista, ancorado no consumo. O déficit de US$ 11,591 bilhões nas contas externas em janeiro começou a ser fabricado no governo Lula. O rombo certo na balança comercial em 2014 — o primeiro em 13 anos — também começou a ser fabricado no lulismo. O papel cada vez mais modesto da indústria no PIB e um déficit de US$ 110 bilhões do setor no ano passado têm a digital indelével de… Lula!

Pergunte-se: que reforma estrutural importante ele encaminhou? O que efetivamente fez pelo investimento em infraestrutura? Em vez de privatizar aeroportos e estradas, por exemplo, passou oito anos demonizando as privatizações por motivos estritamente políticos, por proselitismo ideológico vigarista. A crise da Petrobras, para citar um caso emblemático, é uma das heranças malditas que Lula deixou para a sua sucessora.

O governo Dilma é, sim, a meu juízo, muito ruim — mas não é pior do que era o de Lula. O que mudou de modo importante foi a conjuntura internacional, e o PT não estava preparado para isso.

Encerro apontando a absoluta falta de pudor político de um ex-presidente da República que se dá ao desfrute de manter reuniões com empresários e de fazer vazar as suas críticas, constrangendo a sua sucessora. Ainda que Dilma não se elegesse nem síndica de prédio em 2010 sem o seu apoio, o fato é que ela é a atual presidente da República.

No fim de 2010, Lula afirmou que iria gastar seu tempo como ex-presidente cozinhando coelho em seu sítio, em Ribeirão Pires. Pelo visto, anda mais ocupado alugando a orelha para tubarões.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/lula-critica-o-governo-dilma-a-interlocutores-dazelite-o-barba-adoraria-voltar-mas-nao-vai/

A empresários, Lula diz que Dilma precisa mudar

Em conversas também com políticos, líder petista defende correções de rumo


Apesar das críticas, ex-presidente afasta qualquer possibilidade de assumir lugar de sucessora na campanha

VALDO CRUZ
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
Em público, elogios apaixonados. Reservadamente, críticas ao estilo de governar de sua sucessora e uma certeza: a presidente Dilma precisa mudar em 2015 num eventual segundo mandato no Palácio do Planalto.

Esta tem sido a tônica das conversas do ex-presidente Lula nas últimas semanas com interlocutores do mundo político e empresarial, que intensificaram seus encontros com o petista para se queixar da presidente.

Apesar das críticas, em todas as conversas Lula diz ter confiança de que Dilma será reeleita e afasta qualquer possibilidade de assumir o lugar de sua ex-ministra na campanha.

O petista avalia que Dilma tem conquistas para garantir o segundo mandato, principalmente nas áreas do emprego e social, mas está convencido de que a presidente tem de fazer ajustes na economia e na área política.

De posse de pesquisas internas, que indicam que 80% dos entrevistados acreditam na vitória de Dilma nas eleições deste ano, a equipe de Lula avalia que a presidente "está bem na foto" com o eleitorado, mas "divorciada" das classes política e empresarial.

A médio prazo, este divórcio poderia travar a economia e colocar em risco conquistas obtidas na área social no país.

Nas conversas com empresários e políticos nas duas últimas semanas, Lula tem dito que a atual equipe econômica está com o prazo de "validade vencido" e que a presidente terá de escalar não só um novo time na área como também fazer correções na sua política econômica para fazer o país voltar a crescer com taxas na casa dos 4%.

Em segundo lugar, Lula diz que Dilma precisa aprender a vender o Brasil no exterior e melhorar a interlocução com o empresariado brasileiro, que também elevou o tom das reclamações contra o que consideram um estilo intervencionista da presidente.

Lula e empresários concordam que a petista está deixando para 2015 uma elevada conta na área econômica, com preços represados artificialmente, o que exigirá sacrifícios no ano que vem.

Na área política, o ex-presidente avalia que sua sucessora precisa criar um novo "núcleo duro" para gerenciar o governo e administrar as pendências com sua base aliada no Congresso, que já ensaia uma rebelião.

Um interlocutor de Lula diz que ele está totalmente envolvido na campanha de reeleição de Dilma e faz questão de deixar claro que não tem nenhuma intenção de sair candidato no lugar da presidente, algo que empresários têm sugerido recorrentemente nos últimos encontros. "Ele nem deixa a conversa prosperar", afirma um auxiliar.

ERROS

Políticos também reforçam o coro do "Volta, Lula". Um amigo próximo do ex-presidente relata que, há alguns meses, Lula confidenciou que não havia a possibilidade de se colocar como candidato pois significaria admitir "o fracasso'' de sua sucessora. "E ele não acha que ela fracassou, acha que tem prós e contras, mas não fracasso."

Lula reconhece que sua sucessora cometeu erros, mas acredita que ela já faz uma autocrítica em algumas áreas e tende a mudar sua forma de governar em 2015.

O ex-presidente cita como exemplo as regras das concessões ao setor privado de rodovias e aeroportos.

Depois de adotar uma linha intervencionista, diz Lula, Dilma fez correções, ainda que tenha demorado para começar a fazê-las. Depois disso, o programa começou a andar.

Na avaliação da equipe de Lula, Dilma centraliza demais e delega pouco.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

PSDB lançam candidatura de Pimenta ao governo de Minas

PSDB confirma nome de ex-ministro ao governo de Minas. Lideranças do partido condenam 'descaso' de Dilma com o estado

Com um discurso pela modernização de Minas Gerais e prioridade à educação, o ex-ministro Pimenta da Veiga teve o seu nome lançado nessa quinta-feira pelo PSDB para a disputa pelo Palácio da Liberdade em outubro. Ao lado do senador Aécio Neves e das principais lideranças de seu partido e de legendas aliadas, o tucano afirmou que não poderia deixar de aceitar o “chamado” para a candidatura e pediu o empenho dos militantes na campanha que recebeu o nome de “Todos por Minas”. Ele também não deixou de criticar o PT, de Fernando Pimentel, principal adversário nas urnas em outubro. 

Ao afirmar que a educação é a base de todo desenvolvimento, Pimenta da Veiga prometeu equipar as escolas públicas e implantar no estado as mais modernas técnicas de ensino. “Queremos uma parceria fraternal com os professores para que eles sejam cada vez mais respeitados e valorizados. Em pouco tempo Minas Gerais será conhecida como o estado da inovação e prosperidade”, afirmou o candidato, arrancando aplausos dos simpatizantes que lotaram ontem no final da manhã o ginásio de um clube em Belo Horizonte. 

Principal padrinho político do tucano, Aécio Neves afirmou que a vitória de Pimenta é a garantia da continuidade das obras de Antonio Anastasia (PSDB) – que deve deixar o governo em abril para disputar uma cadeira no Senado. “O que celebramos aqui transcende projetos pessoais. Temos responsabilidades com milhões de mineiros. O que nos faz estar aqui é dizer que Minas não se curvará à irresponsabilidade e desgoverno que tomou conta deste país”, argumentou. 

O presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, convocou os militantes a “arregaçar as mangas” e sair às ruas em defesa do nome do tucano para o governo estadual. “Não podemos titubear. De um lado está Tiradentes e o espírito da Inconfidência. Do outro, quem está ao lado da coroa e da derrama”, discursou. Provável candidato a vice na chapa encabeçada por Pimenta, o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), disse que Minas já foi “chacoalhada” com o talento do PSDB para governar nos últimos 12 anos. 

Para colocar em prática os projetos para o estado, Pimenta ressaltou a importância de eleger Aécio Neves presidente da República. E reclamou do “descaso” do governo Dilma Rousseff (PT) com o estado. “Minas não pode ser uma ilha em um país que está estagnado, com uma inflação preocupante e contas externas no vermelho”, afirmou. Segundo ele pelo menos dois pontos merecem maior atenção do governo: a mobilidade urbana e a segurança pública. “Gastaram muito papel mas não fizeram nada”, reclamou. Até a vinda da presidente Dilma a Governador Valadares na segunda-feira, quando prometeu duplicar a BR-381 – a chamada Rodovia da Morte –, foi alvo de críticas do tucano. “Há 10 anos as promessas se repetem. Promessas que não serão cumpridas, mas não enganam mais os mineiros.”  

Telão

Em total clima de campanha, a charanga da Juventude do PSDB fez muito barulho e gritou coros de apoio a Pimenta e Aécio Neves durante o evento. Faixas de grupos de várias regiões do estado também traziam dizeres de apoio ao PSDB nestas eleições. No palco, um telão mostrou depoimentos de integrantes dos partidos aliados com elogios ao candidato a governador e da sua mulher. 

Um vídeo mostrou ainda a trajetória de Pimenta da Veiga, relembrando sua atuação na Câmara dos Deputados e sua eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte em 1988, primeira vitória de um tucano em capitais brasileiras. Nas arquibancadas, os militantes vestiam blusas amarelas e azuis, em alusão às cores do PSDB.

SOCIALISTAS
Ainda sem uma definição sobre a participação do PSB nas eleições para o governo mineiro, o presidente do partido, deputado federal Júlio Delgado, compareceu ontem ao lançamento do ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga como candidato do PSDB. Além dele, Regina Lacerda, a mulher do prefeito Marcio Lacerda, principal nome socialista cotado para concorrer ao Palácio da Liberdade, participou e manifestou seu entusiasmo. Ela disse apoiar as candidaturas de Pimenta ao governo e de Aécio à Presidência. Questionada sobre a posição do marido, afirmou que possivelmente ele não será candidato. Sobre o fato de o prefeito dever, por questões partidárias, apoiar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na campanha presidencial, afirmou ser livre e viver em um Estado democrático.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/02/21/interna_politica,500526/tucanos-lancam-candidatura-de-pimenta-e-atacam-governo-petista.shtml

Aécio almoça com Campos em Recife nesta sexta-feira

Em conversa com correligionários tucanos no saguão de um hotel em Recife, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse, nesta manhã, ser "natural" sua ligação com o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, com quem almoça nesta sexta-feira, 21. O tucano ainda reiterou suas críticas ao governo petista que, segundo ele, está no final de seu ciclo.

"Ambos temos em comum o sentimento que o governo do PT faz muito mal ao Brasil", disse Aécio, para quem a candidatura do ex-ministro do governo Lula contribui para um debate de alto nível sobre o País. Mesmo sem descartar embates com Campos durante a campanha presidencial, a expectativa do tucano é de que o PSDB e o PSB estarão juntos em pelo menos oito Estados na próxima campanha.

Dos seis deputados estaduais do PSDB-PE, três pretendem manter independência apesar da aliança do partido com o PSB. O deputado estadual Daniel Coelho, que fazia oposição ao governo Campos, será candidato a deputado federal e assegurou que não irá apoiar candidatos do PSB. "Isto já está pacificado no partido", disse.

Críticas

Junto com grupo formado por 16 tucanos e o presidente nacional do DEM, deputado federal Mendonça Filho, Aécio reiterou a confiança de que estamos vivendo "o encerramento de um ciclo" e fez um balanço da herança do governo Dilma. "A herança que vamos receber é de crescimento pífio, inflação alta, descontrole das contas públicas e perda crescente da falta de credibilidade do Brasil", avaliou. "O governo falhou na gestão do Estado e da infraestrutura".

Ao destacar que "todos os indicadores econômicos do País são preocupantes", ele considerou positiva a queda dos índices do desemprego, mas fez uma ressalva: "Não podemos perder de vista que o Brasil está se transformando no país do pleno emprego de dois salários mínimos".

Estiveram presentes ao encontro com Aécio Neves, o senador Cássio Cunha Lima (PB), o vice-presidente nacional do partido, Bruno Araújo, deputados estaduais, vereadores e prefeitos tucanos pernambucanos.

Depois do encontro, que durou cerca de uma hora e meia, Aécio seguiu com a mulher, Letícia Weber, para um almoço na casa do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), no bairro de Dois irmãos, zona norte da cidade. Segundo ele, a visita é pessoal, depois do nascimento do quinto filho de Campos, Miguel, em janeiro.

Azeredo

Na entrevista, Aécio ainda reiterou sua crença de que o chamado "mensalão tucano" não terá nenhuma influência na campanha. "É um caso muito específico", afirmou. "Se há denúncia, deve ser investigada em profundidade, se alguém cometeu algum ilícito, tem que ser punido independente de ser do PSDB ou de não ser de partido algum".

"Não vamos fazer como o PT, afrontar a Justiça. Respeitaremos a Justiça e respeitaremos a decisão do Supremo Tribunal federal (STF). Como vivemos num estado de direito, temos que esperar o julgamento e a defesa", completou. Ele repetiu que o ex-deputado federal Eduardo Azeredo, envolvido na denúncia, é "conhecido e reconhecido com um homem de bem".

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/aecio-almoca-com-campos-em-recife-nesta-sexta-feira-1.220704

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PPS pede bloqueio de dinheiro arrecadado por José Dirceu

Líder do partido ainda defendeu urgência na ação para “evitar o que aconteceu em episódios semelhantes promovidos por outros condenados no processo do mensalão"

O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), pediu o bloqueio do dinheiro arrecadado pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, por meio da campanha online promovida por apoiadores do político na internet. O pedido foi protocolado hoje na Procuradoria da República no Distrito Federal.

Bueno defendeu que todo o patrimônio de Dirceu precisa ser retido já que o petista também responde no Ministério Público Federal a uma ação por improbidade administrativa.

O líder do PPS ainda defendeu urgência no bloqueio dos recursos arrecadados, para “evitar o que aconteceu em episódios semelhantes promovidos por outros condenados no processo do mensalão. A ausência de tal medida autorizou que muitos mensaleiros transferissem parcela de seus patrimônios (valores das doações) a outros condenados”, disse.

Na representação, Bueno explica que todos os condenados estão obrigados a ressarcir ao erário e, no caso do ex ministro, considerado “o principal acusado no esquema de desvio do mensalão e réu em ação de improbidade”, o dinheiro desviado teve origem, segundo ele, principalmente, no Banco do Brasil e na Câmara dos Deputados.

A campanha de arrecadação para o pagamento da dívida imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a José Dirceu foi lançada por amigos e parentes do ex-ministro José Dirceu no último dia 13. De acordo com o site, já foram doados mais de R$ 560 mil por militantes do partido e apoiadores de Dirceu.

O ex ministro foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha a sete anos e 11 meses de prisão e ao pagamento de multa de R$ 971.128,92. O site foi ao ar antecipadamente, antes que a Vara de Execuções Penais publicasse a certidão de cobrança da multa imposta ao ex-ministro.

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/pps-pede-bloqueio-de-dinheiro-arrecadado-por-jos%C3%A9-dirceu-1.790888

Candidatura de Pimenta da Veiga confirma mais uma eleição polarizada em Minas

Cenário polarizado entre PSDB e PT ganha contornos finais a partir dessa quinta-feira

O lançamento do ex-ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, como candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, nesta quinta-feira, fecha o contorno de mais uma eleição polarizada no estado. Do outro lado, concorrerá pelo PT o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, cujo nome foi lançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira. Pelo que indicam as articulações, os outros dois maiores partidos, PMDB e PSB, não devem apresentar nomes para viabilizar uma terceira via forte que possa embolar a disputa. 

A briga no cenário nacional entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) pela Presidência da República se repetirá em Minas entre Pimentel e Pimenta. A diferença é que, no estado, tudo indica que não haverá o PSB no meio. Embora ainda não haja previsão para fechar oficialmente a questão, articuladores do partido dizem já estar definido que o PSB não terá candidato ao governo do estado. Isso ocorrerá em reciprocidade ao que os tucanos estão fazendo em Pernambuco, terra do governador Eduardo Campos (PSB). Aécio e Campos, que planejam se juntar em um eventual segundo turno, fecharam um pacto de não agressão em seus estados. 

Sem candidato e ciente de que um palanque duplo poderia gerar confusão no eleitor, o PSB aposta nos eventos partidários e em atos dos candidatos a deputado para dar palanque a Eduardo Campos em Minas. O mesmo seria feito pelos parlamentares pernambucanos para dar lugar a Aécio. A conversa em Minas ainda passa por uma coligação na chapa proporcional. O PSB, que na última eleição se coligou com o PTB, agora procura outro partido da base tucana para se juntar, já que os petebistas estariam dificultando a repetição da dobradinha. Eles precisam da aliança para fazer um bom número de cadeiras na Câmara e Assembleia. 

O presidente do PSB mineiro, deputado federal Júlio Delgado, diz que o partido não terá nenhuma definição antes do carnaval. Ele lembra que o prefeito Marcio Lacerda, nome que tem a primazia da legenda para concorrer, tem até 4 de abril para se decidir. Questionado se o partido estaria no ato de lançamento de Pimenta da Veiga, que terá o senador Aécio Neves como cabo eleitoral, Delgado afirmou que o partido não foi convidado “ainda” de forma oficial. 

No PMDB, apesar de parte do partido ainda falar em candidatura própria, o presidente Antônio Andrade, ministro da Agricultura, que deixará o cargo até o início de abril, confirmou na sexta-feira, durante encontro com Lula, querer repetir a aliança com os petistas, desta vez ficando com as vagas de vice-governador e senador na chapa de Pimentel. Nas últimas eleições, o ex-senador Hélio Costa (PMDB) foi o candidato, levando o PT nas outras duas vagas da chapa majoritária, que agora devem ficar com os peemedebistas.

Corre por fora a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), que começou no sábado, em Contagem, a participar de atos do partido para divulgar sua pré-candidatura ao governo. Ela, porém, esteve no encontro com o ex-presidente Lula que lançou Pimentel ao governo, o que pode indicar uma futura adesão ao lado petista.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/02/18/interna_politica,499285/lancamento-da-candidatura-de-pimenta-da-veiga-marca-inicio-da-briga-pelo-governo-de-minas.shtml

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Tradução para extradição de Pizzolato deve terminar nesta segunda

Os procuradores da República Eduardo Pelella e Vladimir Aras da Procuradoria Geral da República (PGR), esperam concluir ainda nesta segunda-feira (17) a tradução de documentos necessários para o pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que já está pronto e deve ser apresentado pelo governo do Brasil à Itália nesta semana.

Pelella e Aras estiveram na Corte de Apelação de Bolonha nesta segunda para obter informações sobre o processo de extradição. Os procuradores brasileiros estiveram com os colegas italianos Miranda Bambace e Antonio Canti e estimam que enviarão à Justiça italiana cerca de 220 páginas traduzidas da ação penal 470, que julgou o mensalão. Eles explicaram que apenas a parte referente a Pizzolato interessa à Justiça na Itália.

A decisão judicial sobre a extradição de Pizzolato será tomada pela Corte de Bolonha, com possibilidade de recurso à Corte de Cassação em Roma. A decisão final sobre a extradição, porém, é política e cabe ao Ministério da Justiça italiano. O ex-diretor do Banco do Brasil está encarcerado na prisão de Sant´Anna, em Módena, desde o início de fevereiro.

Preparado sob responsabilidade do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o pedido de extradição foi comunicado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e está no Ministério da Justiça.

O pedido aguarda a conclusão das traduções para o italiano para ser enviado, por meio do Itamaraty, ao governo da Itália. O Brasil tem o prazo de 40 dias, a contar do dia da prisão de Pizzolato para pedir sua extradição. Pizzolato fugiu do Brasil em setembro de 2013. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/traduc-o-para-extradic-o-de-pizzolato-deve-terminar-nesta-segunda-1.219228

PMs do administrativo vão às ruas em BH

Na prática, quase mil policiais irão para as ruas em dias determinados e farão um mapeamento das áreas aonde há mais necessidade de policiamento

Em resposta às constantes reclamações da população de Belo Horizonte e região sobre os altos índices de violência, o governador de Minas, Antonio Anastasia, anunciou na manhã desta segunda-feira (17) a criação de dois Batalhões Metrópole e um Batalhão Acadêmico, com o remanejamento de 800 militares e 163 cadetes do setor administrativo para reforçar o policiamento nas ruas.

Os novos Batalhões Metrópole, que não possuem sede física, devem começar a atuar na próxima quarta-feira (19). Os policiais devem patrulhar regiões onde a situação da violência é mais crítica, principalmente onde há mais registros de crime contra o patrimônio público. Eles realizarão operações, blitze e abordagens diversas, além de ocuparem áreas de grande circulação de pessoas. Os 800 militares passarão a dividir o serviço administrativo com o operacional. Na prática, os policiais irão para as ruas em dias determinados e farão um mapeamento das áreas aonde há mais necessidade de policiamento.

Já o Batalhão Acadêmico será formado por alunos do curso de formação de oficiais que vão executar a mesma estratégia do Batalhão Metrópole. A parte prática do curso será feita no exercício da atividade policial de forma preventiva. Serão 163 cadetes dedicados diariamente nas atividades ostensivas, sem prejuízo para aulas teóricas.

Segundo o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Márcio Martins Sant’Ana, a mudança emergencial trará prejuízos para o trabalho da polícia, internamente, mas é um reajuste que se faz necessário em função das circunstâncias.

Outros 400 policiais podem também fazer parte dos Batalhões Metrópole, caso haja ainda mais demanda.

Novos militares

Nesta segunda-feira (17), 1.300 pessoas aprovadas em concurso da Polícia Militar foram convocados e têm até 30 dias para serem empossadas. Elas atuarão no setor administrativo para cobrir os militares que deixaram o setor para trabalhar nas ruas. Todo o Estado deve ser contemplado. 

O efetivo também vai aumentar quando os cerca de 2.100 soldados que estão em formação na Academia de Polícia forem às ruas, o que está previsto para os próximos meses.

Policiais civis

A partir de abril deste ano, 121 médicos legistas e 95 peritos criminais tomarão posse na instituição, que já admitiu, também, 1.281 servidores administrativos para reforçar o trabalho nos órgãos e demais unidades policiais, com benefício direto ao processo de investigação de Polícia Judiciária.

Mudanças até o fim deste ano

Ao todo, entre maio de 2013 e o fim de 2014, o efetivo das forças de segurança do Estado será aumentado em mais 7.500 novos homens, incluindo policiais militares e civis e servidores administrativos, possibilitando a liberação de profissionais para atuar nas ruas. Cerca de 1.800 desses profissionais já foram incorporados aos quadros das polícias e outros 5.700 serão incorporados até o fim do ano.

Para ampliar a capacidade de atendimento dos policiais, nas próximas semanas, a Polícia Militar vai receber 378 novas viaturas. Já a Polícia Civil contará com um reforço de cerca de 450 veículos em sua frota a partir do próximo mês de março. Com isso, e somadas as entregas feitas ao longo de 2013, cerca de 2 000 novos veículos terão sido entregues pelo governo de Minas ao setor de segurança pública.

Nas próximas semanas, a Polícia Militar vai receber 378 novas viaturas. Já a Polícia Civil contará com um reforço de cerca de 450 veículos em sua frota a partir do próximo mês de março. Com isso, e somadas as entregas feitas ao longo de 2013, cerca de 2.000 novos veículos terão sido entregues pelo Governo de Minas ao setor de segurança pública.

Delegacia Virtual

O Governo de Minas vai investir R$ 2 milhões na implantação da Delegacia Virtua. Por meio desta iniciativa, cerca de 24% dos atendimentos realizados atualmente pela Polícia Civil poderão ser feitos pela internet, o que representará vários ganhos para a população, como agilidade e eficiência. A Delegacia Virtual entrará em operação, efetivamente, a partir do próximo mês de abril, com o registro de ocorrências de trânsito sem vítimas. Outros tipos de registros – como extravio de documentos e de objetos pessoais, danos, veículo localizado/recuperado ou comunicação de pessoa desaparecida – também poderão ser feitos por computadores, celulares ou tablets até o fim do ano.
Além de assegurar maior agilidade no atendimento à população, a Delegacia Virtual permitirá que os policiais, hoje empenhados no registro desses tipos de ocorrências, possam se dedicar efetivamente às suas atividades finalísticas. Assim, um maior número de policiais militares poderá ser empenhado em ações de segurança ostensiva e mais policiais civis poderão ser direcionados à produção de inquéritos, investigações e atendimento de registros de ocorrências de maior urgência.

Fica Vivo!

Nos próximos 30 dias, serão entregues outros quatro novos Centros de Prevenção à Criminalidade com os programas Fica Vivo! e Mediação de Conflitos em Belo Horizonte (bairro Justinópolis), Governador Valadares (bairro Carapina), Uberlândia (bairro Canãa) e em Betim (bairro Jardim Teresópolis). Nas áreas onde já foi implantado, o Fica Vivo! já conseguiu reduzir as mortes entre jovens de 12 a 24 anos em até 50%, segundo a assessoria do governo de Minas.

Fonte: http://www.otempo.com.br/cidades/para-conter-viol%C3%AAncia-pms-do-administrativo-v%C3%A3o-%C3%A0s-ruas-em-bh-1.790308

Verba indenizatória para vereadores de BH virou guerra de dados nebulosos

Vereadores da capital travaram antigas batalhas para conseguir chegar à remuneração atual, que, além do salário, garante uma verba de R$ 15 mil mensais para manutenção do mandato

As polêmicas em torno de benefícios do mandato parlamentar, tanto no Legislativo municipal quanto estadual, vêm de muitos anos. A disputa foi mais aguda até junho de 1997, quando prevalecia na Câmara Municipal de Belo Horizonte um sistema de quotas de material de escritório para o denominado ajuda de gabinete, no valor de R$ 3.280. Na ocasião, os vereadores da capital – interessados em pegar carona na prática adotada pelos parlamentares de Contagem – passaram a exigir da Mesa Diretora que a sua remuneração fosse corrigida para 75% do real salário dos deputados estaduais. Um vereador em Belo Horizonte recebia salário de R$ 4,5 mil. 

Diferentemente do que ocorre hoje no Portal da Transparência da Assembleia Legislativa, a Casa não divulgava os ganhos verdadeiros. Oficialmente, a base para o cálculo do salário de vereadores era 75% de R$ 6 mil, o então subsídio fixo de um deputado estadual. Mas, extraoficialmente, a notícia era outra. O então vereador socialista Antônio Pinheiro, que havia sido deputado estadual entre 1993 e 1994, tornou público o seu último contracheque de dezembro: R$ 69.277,61. “Eu não estava entre aqueles que ganhavam mais”, avisava Pinheiro à época. Segundo ele, os salários variavam muito de mês para mês, mas, em média, eram de R$ 25 mil. 

Ao mesmo tempo em que em Belo Horizonte a grita de vereadores por melhores salários era generalizada, em Contagem, os parlamentares vinham recebendo em torno de R$ 18 mil ao mês cada um, valendo-se da declaração do deputado estadual Durval Ângelo (PT), que se dispunha a revelar a sua remuneração. A prática se espalhou pelo interior do estado. 

Revoltados, os vereadores da capital queriam “justiça”. Eram frequentes, no plenário da Câmara Municipal, desafios lançados à Assembleia para que a “caixa-preta” fosse aberta. Deputados estaduais e vereadores batiam boca. A Assembleia Legislativa era, na ocasião, presidida por Romeu Queiroz (PTB), condenado por envolvimento no esquema do mensalão e hoje cumprindo pena na Penitenciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves. Romeu Queiroz negava os números apresentados por Antônio Pinheiro. Alegava que aquele contracheque específico divulgado era o resultado financeiro de um “consórcio” – uma espécie de revezamento entre deputados “felizardos” a cada mês do ano. 

Para pôr fim à grita, a Assembleia publicou no Diário Oficial do Legislativo a remuneração, que seria de R$ 15.442,00 – aí incluído o subsídio fixo de R$ 6 mil, mais sessões extraordinárias, auxílio-moradia, além do auxílio de gabinete, a controversa verba indenizatória do mandato, que para deputados estaduais era de cerca de R$ 4,3 mil. Não convenceu, pois vereadores continuaram a questionar os valores, mas usaram a nova informação para transformar a sistemática de pagamento por meio da ajuda de gabinete. Tanto fizeram que, em reforma administrativa implantada na Casa por meio do Projeto de Resolução 2.024/1997 – no bojo de medidas que cortavam horas extras, reduziam sessões especiais que resultavam em horas extras do corpo de servidores, entre outros –, a verba indenizatória passou a ser paga em espécie: R$ 3.280. 

NEPOTISMO O que mudou nos últimos anos? Na década de 1990, os vereadores se queixavam dos baixos salários, mas, como não havia clareza quanto à proibição do nepotismo, engordavam a renda familiar por meio da contratação indiscriminada de filhos, filhas, mulheres, cunhadas. Sem constrangimento, defendiam abertamente: “primeiro os meus, depois os seus”. Hoje, a contratação de parentes ainda ocorre, sob a forma de nepotismo “cruzado”. Mas é menos frequente. Em contrapartida, a verba indenizatória engordou, saltou em BH para R$ 15 mil mensais, popularizou-se em todos os legislativos do país e tornou-se fonte de escândalos e de ações do Ministério Público, que em Minas já se manifestou em defesa da licitação para as contratações de produtos e serviços com os recursos. 

Ao propor o fim da verba indenizatória tal qual paga hoje – em espécie e de livre contratação de serviços pelos vereadores –, o presidente da Câmara, Léo Burguês (PTdoB), provocou reação em plenário. O ano é eleitoral, ele é candidato e os vereadores alegam não terem sido consultados sobre o tema. Uma comissão foi formada para estudar mudanças no benefício, e uma coisa está praticamente certa: o Legislativo passará a abrir licitação para aquisição dos itens, hoje adquiridos individualmente pelos vereadores sem qualquer controle mais efetivo dos gastos. 

Os benefícios

Como era 
Em maio de 1997, antes da implementação da verba indenizatória na Câmara Municipal de BH

Salário do vereador: R$ 4,5 mil
Ajuda de gabinete: R$ 3.280 em material e serviços, aí incluído um carro com motorista
Contratações de pessoal para gabinete de um vereador sem liderança: R$ 18.625 

Como é hoje
Salário: R$ 12.459,92
Quota de telefone: R$ 800 por gabinete
Verba indenizatória: R$ 15 mil mensais (não é mais fornecido carro ao parlamentar)
Contratações de pessoal para gabinete de um vereador sem liderança: R$ 62.399

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/02/17/interna_politica,499001/verba-indenizatoria-para-vereadores-de-bh-virou-guerra-de-dados-nebulosos.shtml

PSDB põe plano real na campanha do senador Aécio Neves

O PSDB vai promover dia 25 de fevereiro, no Congresso, uma sessão solene para comemorar os 20 anos do Plano Real e dar seguimento à estratégia do senador Aécio Neves (MG) de resgatar em sua campanha as realizações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A data foi escolhida a dedo. No dia 28 de fevereiro completam-se 20 anos da entrada em vigor da Unidade Real de Valor (URV), a unidade de referência monetária que foi o ponto de partida do Plano Real e começou o processo de estabilização da moeda. O sucesso do plano criou as bases políticas para que o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso saísse candidato e vencesse as eleições presidenciais de 1994.

O PSDB quer reunir no evento figuras tidas como fundamentais na implantação da nova moeda. A maior parte delas estará ao lado de Aécio na campanha - como o economista e ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, que ainda não confirmou presença. Mas Fernando Henrique confirmou e deverá sentar-se à mesa do Senado como convidado de honra.

O ato terá um componente político-eleitoral forte. Isso porque seus organizadores estão compilando discursos e debates da época em que a aprovação do Plano Real estava sendo discutida no Congresso e que demonstram a rejeição do PT ao plano. De acordo com o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), já foram levantadas a fala de petistas como o agora ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Na época, o ministro foi um dos mais ferrenhos adversários da criação da nova moeda.

"Há até imagens de um deputado do PT que tentou me agredir no plenário durante uma acalorada discussão do novo plano econômico", contou Hauly. O material se somará a outros levantamentos sobre os impactos do Real para a população brasileira nos últimos 20 anos. Ao final, o material deverá ser editado e publicado.

Atualização. Hauly disse ainda que ele e alguns colegas tucanos acreditam que o real poderia passar por uma revisão, para atualizá-lo. "Defendo no partido que o Plano Real está incompleto e que uma nova etapa dele poderia ser instaurada, de olho nos fundamentos macroeconômicos", afirmou.

Para o secretário-geral do partido, deputado Mendes Thame (PSDB-SP), coautor do requerimento, o evento vai reforçar a necessidade de se construir uma economia estável. "As pessoas interpretam de acordo com suas priorizações. Mas na minha opinião, vai servir para reforçar a necessidade de se ter uma moeda estável, praticar a responsabilidade fiscal e ter respeito aos fundamentos macroeconômicos."

As necessidades às Quais Thame se refere são justamente os principais temas adotados por Aécio e outros tucanos nos ataques à gestão da presidente Dilma Rousseff na área econômica. Segundo eles, a presidente estaria minando o legado conquistado na era FHC. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/psdb-p-e-plano-real-na-campanha-do-senador-aecio-neves-1.218943

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Gilmar Mendes questiona falta transparência à 'vaquinha' do mensalão

No texto, ministro do Supremo reforçou sua preocupação com a arrecadação de fundos para pagamento das multas de condenados

Em carta ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes reforça a preocupação com a arrecadação de recursos para o pagamento de multas impostas a condenados no mensalão. "Repito: a falta de transparência na arrecadação desses valores torna ainda mais questionável procedimento que, mediando o pagamento de multa punitiva fixada em sentença de processo criminal, em última análise sabota e ridiculariza o cumprimento da pena - que a Constituição estabelece como individual e intransferível - pelo próprio apenado, fazendo aumentar a sensação de impunidade que tanto prejudica a paz social no país", cita Mendes, que nesta quinta-feira, 13, tomou posse também como ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A polêmica teve início no começo de fevereiro, quando Mendes comentou que havia elementos para que o Ministério Público iniciasse uma investigação para apurar o processo de arrecadação de dinheiro para pagamento de multas impostas a condenados no processo do mensalão. "E se for um fenômeno de lavagem? O Ministério Público precisa olhar isso", comentou, à época. Para Gilmar Mendes, estava "tudo muito esquisito".
Logo em seguida, Suplicy enviou uma carta a Gilmar Mendes, defendendo a legalidade das doações a petistas para pagarem as multas pela condenação no processo do mensalão. Na carta, Suplicy disse que documentos iriam comprovar, "de forma inequívoca, a precocidade e inconveniência de declarações dadas no calor dos debates" pelo ministro. O presidente nacional do PT Rui Falcão, apresentou à Justiça do Distrito Federal pedido de interpelação cível ao ministro.

Na carta em resposta a Suplicy, com data da última quarta-feira, 12, Gilmar Mendes cita que "ao largo de questionar a própria legitimidade da arrecadação voluntária para o pagamento de pena de multa, não me parece impertinente perquirir a respeito das movimentações financeiras dos condenados por lavagem de dinheiro quadrilha, peculato e corrupção, como no caso em concreto, em proveito da transparência e da dignidade da lei penal e do Poder Judiciário. Desse modo, urge tornar públicos todos os dados relativos às doações que favoreceram próceres condenados pela Justiça brasileira, para serem submetidos a escrutínio da Receita Federal e do Ministério Público."

A carta a Suplicy vai além. "Ademais, não sou contrário à solidariedade a apenados. Ao contrário, tenho certeza de que Vossa Excelência liderará o ressarcimento ao erário público das vultosas cifras desviadas - esse, sim, deveria ser imediatamente providenciado. Quem sabe o ex-tesoureiro Delúbio Soares, com a competência arrecadatória que demonstrou - R$ 600.000,00 em um único dia, verdadeiro e inédito prodígio! -, possa emprestar tal expertise à recuperação de pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos. Doravante, porém, sem subterfúgios que dificultem a fiscalização, como esse de usar sites hospedados no exterior para angariar doações moralmente espúrias, porque destinadas a contornar efeitos de decisão judicial."

O ministro conclui o texto mencionando que "qualquer movimento em defesa da lisura eleitoral há de incluir, como primeiro item a ser atendido, o respeito integral às decisões da Justiça. Sem tergiversações, incondicionalmente. É o que nos distingue como democracia avançada e, enfim, nos distancia da barbárie".

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/02/14/interna_politica,498450/em-carta-a-eduardo-suplicy-gilmar-mendes-questiona-falta-transparencia-a-vaquinha-do-mensalao.shtml

Brasil reza a São Pedro para resolver crise de energia.

SÃO PAULO  -  (Atualizada às 18h15) O governo do Brasil parece estar pedindo chuva a São Pedro para resolver os problemas de energia do país, diz a revista britânica The Economist na edição desta semana. “Rezar para São Pedro não é uma política do setor de energia. Mas parece que é o que o governo está fazendo ao contar com a chuva para resolver a crise do setor elétrico”, diz a publicação.

Aproximadamente 80% da eletricidade do Brasil é proveniente de hidrelétricas, lembra a semanal. Normalmente, os reservatórios do país são preenchidos durante a temporada de chuvas no país, de dezembro a março. Mas, neste ano, “São Pedro pulou o Brasil”. Janeiro de 2014 foi o segundo mais seco em 80 anos.  Os reservatórios estão se esgotando e o consumo de energia aumentando, com os brasileiros passando por um dos verões mais quentes em muitos anos.

Racionamento

A publicação sugere que, além do calor e da falta de chuva, a atual crise do setor é reflexo das ações do governo, e destaca a promessa da presidente Dilma Rousseff de reduzir as contas de energia em um quinto.

“Para isso, ela ofereceu renovar as concessões que iriam se expirar entre 2015 e 2017, com a condição de cortes nas tarifas, tornando mais barata as contas de famílias, indústrias e pequenas empresas”, diz.

O consultor Arthur Ramos, da Booz & Co., ouvido pela revista, disse que “ninguém sabe realmente o quanto de energia está garantida” e que o governo brasileiro não deve descartar a possibilidade de racionamento, especialmente com a previsão de alta da demanda na Copa do Mundo neste ano.

A presidente, de acordo com a Economist, não deve faltar com a palavra e deixar os preços de energia subirem. Isso conteria a demanda e pressionaria a “já alta” inflação. Além disso, prejudicaria nos votos para as eleições deste ano. “Por outro lado, ela não quer uma reprise das eleições de 2002. Está nas mãos de São Pedro”, diz a revista.

Argentina

Enquanto a crise energética do Brasil ocupou páginas do miolo da respeitada revista, a crise Argentina está estampada na capa da semanal. 

Segundo a publicação, o país, que já foi visto como promissor, é, mais uma vez, foco do nervosismo com emergentes.

O caos argentino, segundo a publicação, é fruto da incompetência da presidente Cristina Kirchner, que sucedeu a uma série de “populistas economicamente analfabetos”, desde antes de Juan e Eva Perón. 

A lição que deve ser aprendida com a Argentina é que um bom governo importa. “Pode ser que essa lição tenha sido aprendida. Mas há chances de vermos, daqui cem anos, outra Argentina: um país de futuro que ficou preso no passado”, diz a revista

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Eduardo Campos elogia Aécio Neves

BRASÍLIA  -  “Mantivemos sempre uma relação de muito respeito, de respeito mútuo. Pela capacidade que ele mostrou ao gerir o Estado de Minas Gerais e deixar Minas Gerais como deixou, com os mineiros felizes”, disse nesta sexta-feira o pré-candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB) sobre seu adversário Aécio Neves (PSDB). O discuro aproxima ainda mais os dois candidatos da oposição ao governo Dilma.

Campos, governador de Pernambuco, falou sobre a união dos dois oposicionistas durante reunião do Diretório Nacional do PPS, partido que recentemente declarou apoio à sua candidatura. Ele foi questionado sobre a possibilidade de se aliar aos tucanos no segundo turno da eleição pela deputada estadual Luzia Ferreira, do PPS de Minas Gerais, uma pessoa muito próxima do presidenciável do PSDB.

Na resposta, Campos não disse claramente se está trabalhando por uma aliança entre seu partido e o PSDB. “Convivo com Aécio e sou amigo de Aécio há muitos anos. Nós nunca esperávamos viver um ano de 14 como vamos viver. Tivemos um momento muito bonito no processo da redemocratização, quando ele acompanhava o doutor Tancredo [Tancredo Neves, avô de Aécio] e eu acompanhava o doutor Arraes [Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos]”, respondeu o pernambucano.

Eduardo Campos falou ainda sobre a aliança que tem com Aécio há anos na cena política de Minas Gerais. Os partidos fizerem uma aliança, que também teve participação do PT, para eleger em 2008 o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda – hoje está no PSB, mas já foi filiado ao PPS. Disse que Aécio teve “capacidade de reunir forças quando ele teve um gesto com o PSB, e o Fernando Pimentel do PT também teve, de se encontrarem”, disse Campos.

Depois do evento, Campos não quis responder se está trabalhando por um acordo com o PSDB.


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