O lamentável
desabamento do prédio em São Paulo reforça um déficit muito grande no país no
que se refere a falta de moradia. Há a algum tempo uma proliferação alarmante e
ascendente da população de rua que cresce colocando em discussão a insegurança das
famílias que acabam nestas condições depois de perderem o emprego e a dignidade
por conta das crises pela alta taxa tributaria que consome o país em tarifações
além do normal.
E o
que deveria retornar para a população acabam se perdendo em meia a tanta corrupção
e o mau uso dos recursos públicos que visam atender interesses pessoais e egoísticos.
E vocês
repararam que a maioria dos moradores do prédio que desabou são pessoas que tem
emprego, profissão e algum tipo de renda? Mas então porque estavam morando lá? Porque
acabam recorrendo a este estilo de vida? Sabe porquê? Porque muitos destes trabalhadores
esbarram numa burocracia que trava o país em uma dificuldade quase que imoral. Se
hoje em dia estes trabalhadores não tiverem uma renda considerável, fiadores ou
avalistas, ou ter de pagar um seguro como poderão morar em algum lugar? A não
ser que tenha muita sorte e consiga uma moradia sem muita burocracia, ou que consiga
uma casa nas comunidades carentes, ou que invadam algum lote ou construção e constrói,
caso contrário o que lhe restará?
Certamente
muitos questionarão que confiar nas pessoas hoje em dia é muito complicado,
quase um camicase, talvez, mas se ficarmos restritos a estas questões o país não
avança de forma alguma.
E está
mais que na hora dos governos estudarem medidas para desburocratizar o sistema
e permitir maior acesso as pessoas naquilo que eles mesmo não garantem, ou
seja, moradia, educação, saúde, segurança e muitos outros direitos (...).
É tão
ruim viver em um país onde as pessoas não são bem tratadas pelo seu governo.
Marcelo
Passos