Mal tomou posse como governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho tem pela frente a administração de um grande desafio: o impacto da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a lei complementar 100.
Trata-se da efetivação sem concurso público de cerca de 98 mil servidores da Educação do Estado, durante o governo Aécio Neves. Segundo o governador do PP, sua gestão pretende recorrer da decisão e, em outra ponta, abrir diálogo com os professores e servidores estaduais.
“Em realidade, nós não definimos ainda essa forma de recurso, mas estamos estudando. Nós já fizemos um trabalho dentro do governo de ações e providências. As demais ficam pendentes ainda da publicação do acórdão. Mais do que conversar com o sindicatos, cabe fundamentalmente não ficarmos inertes diante de um quadro novo”, pontuou.
Em entrevista ao Hoje em Dia, que será publicada na Página 2 de segunda-feira (14), o governador critica a iniciativa da oposição de criar uma CPI para investigar os contratos firmados entre o governo do Estado e o consórcio Minas Arena, que administra o Mineirão.
“A diferença fundamental entre a CPI da Petrobras e outra, do Mineirão, é a existência do ‘fato determinado’, condição indispensável para instalação de CPI. Ou seja, fatos que evidenciem ou caracterizam indícios para a abertura de investigação parlamentar, como no caso da Petrobras”, afirmou. Para o governador, “não há o que ser investigado em Minas”.
É a “futebolização da política”, diz Coelho, atribuindo à oposição – PT, PMDB e PRB – o equívoco de criar um conflito superficial entre parlamentares cruzeirenses e atleticanos.
O “pano de fundo” dessa questão, analisa, é a iniciativa de “um parlamentar que depois trouxe a questão como se fora para ser dirimida entre dois grandes times, Cruzeiro e Atlético, e para criar uma situação falseada. Levou os deputados atleticanos a agir como se não aderir à CPI fosse contrariar os interesses do seu time”.
Até a última sexta-feira, das 26 assinaturas necessárias para a instalação da CPI, faltava apenas uma.
Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/alberto-pinto-coelho-n-o-ha-o-que-ser-investigado-em-minas-1.234345
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