quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Anastasia pode ser lançado à Prefeitura de BH em 2016

Para voltar à prefeitura, o PSDB pretende manter Antonio Anastasia por dois anos no Senado e lançá-lo à administração da capital em 2016. Além de já ter exposto para aliados sua “preferência” pelo Executivo, Anastasia teria chances reais de levar o PSDB de volta à prefeitura de Belo Horizonte. A última vez que o partido ocupou a cadeira foi com Eduardo Azeredo em 1990.

Vislumbrando essa possibilidade, a suplência do Senado tornou-se ainda mais cobiçada. No momento, o nome mais cotado é do deputado federal Alexandre Silveira (PSD). Com isso, o PSDB garantiria o apoio do PSD, legenda que conta com a quarta maior fatia de distribuição do tempo de televisão do país.

“Tentar voltar à prefeitura é um desejo do PSDB. Mesmo que sejam previsões e vontades para 2016, a ideia ganha muita força tendo em vista que o próprio Anastasia já mostrou maior interesse pelo Executivo do que pelo Legislativo”, destaca uma fonte.
a
O presidente do PSDB em Minas, deputado federal Marcus Pestana, não negou a ideia. “Anastasia é qualificado para ocupar a prefeitura de Belo Horizonte. Na verdade ele é qualificado para ocupar qualquer cargo público, seja Senado, governo até presidente da República”, disse Pestana.

Sobre Alexandre Silveira ocupar a suplência, o dirigente informou que seu nome é um dos mais fortes no momento. “Essa é uma hipótese forte. Tudo vai depender de todo o entendimento com o PSD”, admite.

Apesar disso, Pestana citou uma lista de outros nomes que podem compor a chapa com o candidato ao Senado. De acordo com ele, têm “vocação majoritária”: Lael Varella e Carlos Melles do DEM; Marcos Montes, Alexandre Silveira e Jaime Martins do PSD; Alexandre Kalil e Júlio Delgado do PSB; Clésio Andrade e Leonardo Quintão do PMDB; Dinis Pinheiro e Adelmo Leão do PP.

“Essa definição vai sair da negociação de um conjunto de forças que reúne mais de 15 partidos e pode repetir 2006 e 2010 quando foi decidido faltando 24 horas. A prioridade é decidir o candidato ao governo”.

Plano B

De acordo com Pestana, Anastasia deixa o governa primeira semana de abril, quando transfere o governo para seu vice Alberto Pinto Coelho (PP). A partir daí ele tem um período de quase três meses até a oficialização das chapas. Caso Anastasia não seja o candidato ao Senado, lhe será oferecida a coordenação nacional da campanha do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República.

Durante esse período ele intensificará as negociações com os partidos.

“Ele vai deixar o governo e não vai ser candidato assim, no automático. Não podemos ganhar campanha antes da hora, mas sua candidatura será imbatível. Ainda assim, ele tem a opção de ser o coordenador geral do Aécio”, declarou.

Agenda tucana

A previsão do PSDB é oficializar o nome do candidato do partido em um evento na segunda semana de março, após o carnaval.

Estão no páreo o ex-prefeito Pimenta da Veiga e Pestana, que ontem deu início a uma série de encontros com prefeitos e lideranças. Por outro lado, Pimenta tem sido citado como o nome forte ao lado do presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PSDB). Pimenta foi colocado à frente da presidência do Instituto Teotônio Vilela para retomar o contato com as bases, desde que deixou Minas há mais de 15 anos.

Segundo Pestana, em junho serão definidos os nomes do vice, senador e suplente.

PMDB muda direção e pode ir com PT

Enquanto o PSDB se decide, o PT continua tentando atrair o PMDB para sua chapa majoritária. O partido do vice-presidente da República, Michel Temer, disse que ainda não foi oficialmente procurado e que pretende lançar candidatura própria, sendo com o senador Clésio Andrade ou o empresário Josué Gomes da Silva. 

Porém, a legenda pode tomar um rumo diferente com a volta do presidente licenciado Antonio Andrade, que deixa em março o Ministério da Agricultura. Ele já teria mostrado interesse de fechar com o PT.

Seu nome chegou a ser citado como candidato a vice na chapa de Fernando Pimentel (PT), mas segundo uma fonte, Josué também é cotado.

Até lá, o PT trabalha sem nomes fortes para compor a vice ou a chapa do Senado, à espera da decisão do aliado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário