segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Avaliação positiva alavanca Anastasia rumo ao Senado

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo, domingo (15), que decidirá “coletivamente” se deixará o posto em março para disputar o Senado, em outubro de 2014. De acordo com o tucano, ele nunca teve “pretensões de ser governador” e, caso deixe o posto, sentirá “mais alívio do que falta”. Anastasia havia afirmado, em entrevista ao Hoje em Dia, em 25 de novembro, que encontrou mais ônus do que bônus no cargo. 

A avaliação positiva do governo Anastasia, que saltou de 36% em julho, para 49% em dezembro, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada na última sexta-feira, pode alavancar a candidatura do tucano ao Senado.

É no que acredita o sociólogo Rudá Ricci. Para ele, somando este bom resultado ao apoio político do senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB) e ao perfil “sério” de Anastasia, as chances do governador aumentam.

“Aécio ‘fez’ todos os senadores de Minas dos últimos tempos, e somando o perfil técnico de Anastasia com esse suporte do aliado, haveria chances de ele ser eleito no Senado. Mas será um desafio manter o fôlego com a situação financeira ruim de Minas”, disse.

Homem forte

“Anastasia é o homem forte do Aécio. É como se fosse uma versão masculina da Dilma Rousseff (PT): simpático e político mesmo quando é atacado”, acrescentou Rudá.

Na Região Sudeste, o tucano é o mais bem avaliado, e no país, é o quarto, depois dos governadores do Amazonas (Omar Aziz, do PSD), Pernambuco (presidenciável Eduardo Campos, do PSB) e Acre (Tião Viana, do PT).

De acordo com o professor de Marketing Político da UFMG Rodrigo Mendes, o crescimento da aprovação de Anastasia reflete a “nova acomodação” da opinião pública, após a onda de manifestações. “Anastasia teve duas grandes crises de popularidade: na greve dos professores, por 112 dias em 2011, e nas manifestações do meio deste ano. Agora, ele recupera a força, em um movimento natural, inercial”, avaliou.

“Não teve motivação de política pública diferente do Estado, não é nenhum fenômeno endógeno, mas sem dúvida contará pontos para 2014”.  

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