" Será que também é culpa no governo anterior???? Esta é a justificativa para tudo deste governo para esconder a incompetência administrativa, mas para pintar as farmácias de Minas de vermelho isto tem dinheiro, para uma alimentação mais elitizada ao alto escalão tem dinheiro, aumentar o número de secretarias e comissionados tem dinheiro, mas não tem dinheiro para remédios, não tem dinheiro para pagar o funcionalismo estadual onde nos governos anteriores que eles adoram destacar não atrasavam, delegacias em Minas sem condições para prover a segurança pública, esta gestão não prioriza as pessoas, ao contrário, infelizmente." Marcelo Passos.
Os dados do Relatório de Gestão Fiscal de 2015 foram apresentados na manhã de hoje pelo secretário de Estado de Fazenda, José Afonso Bicalho
Minas Gerais encerrou o ano de 2015 com um déficit de R$ 8,9 bilhões nas contas públicas, 314% a mais que o resultado de 2014, de R$ 2,1 bilhões. O valor supera a previsão inicial do Estado, de queda de R$ 7,2 bilhões.
Os dados do Relatório de Gestão Fiscal de 2015 foram apresentados na manhã de hoje pelo secretário de Estado de Fazenda, José Afonso Bicalho, que admitiu a gravidade da situação. Segundo o secretário, o desempenho foi decorrente de três fatores: queda na receita do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS), aumento da folha de salários, devido a ajustes concedidos em anos anteriores, e aumento da dívida. Entre os setores que mais contribuíram negativamente para os números foram venda de veículos, siderurgia e indústria.
"É uma herança difícil que nós recebemos das finanças mostrando que quem administrou o Estado não olhou essa perspectiva de longo prazo. O que vamos ter que fazer é olhar um equilíbrio fiscal", afirmou Bicalho. "A expectativa para 2016 é de déficit ainda, mas estamos trabalhando para que em 2017 a gente reequilibre o orçamento do Estado".
Com relação ao ICMS, a receita gerada para o Estado foi de R$ 37,1 bilhões no ano passado, contra R$ 37,4 em 2014. Embora represente uma variação de - 1%, a perda, de R$ 300 milhões, na realidade foi maior, uma vez que a inflação no ano superou os 10%.
Já a dívida pública do Estado também cresceu consideravelmente, mesmo sem novos empréstimos concedidos em 2015. Minas fechou o ano com R$ 102,6 bilhões de Dívida Consolidada Líquida, R$ 17 bilhões a mais que 2014. Segundo o secretário, o grande gargalo é a dívida indexada ao câmbio, prejudicada com o aumento do dólar. Com isso, a relação entre a DCL e a Receita Corrente Líquida (RCL), cujo teto é de 200% conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, já chega ao elevado patamar de 198,66%.