segunda-feira, 31 de março de 2014

Eduardo Campos liderou fraude aos cofres públicos

Documentos da CPI dos Precatórios, que investigou o esquema de fraudes com títulos públicos, revelam que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos ( PSB), ao lado do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PP), lideraram o esquema de fraude, que provocou prejuízos de R$ 3 bilhões aos cofres públicos. Só em Pernambuco foi um rombo de R$ 480 milhões.

Secretário

À época do escândalo, Campos era o secretário da Fazenda de Pernambuco e o governador era seu avô, Miguel Arraes (PSB). A papelada mostra que Campos assinou documentos que permitiram o golpe financeiro e destaca que, como secretário, tinha conhecimento de toda a operação e permitiu o negócio lesivo ao Estado. A papelada descreve como foi criada a fraude em Pernambuco e depois exportada a outros estados com a ajuda do deputado federal Paulo Maluf (PP).

Brecha

O esquema aproveitou uma brecha de uma Emenda Constitucional de 1993. Ela abriu uma exceção para a emissão de títulos destinados ao pagamento das dívidas resultantes de sentenças judiciais. O esquema começava com a emissão de títulos públicos em valores muito acima das dívidas reais. O segundo passo era vender esses papéis supervalorizados com grandes descontos a um banco privado. O terceiro passo era combinar com laranjas a negociação sucessiva dos títulos. Eles realizavam compras e vendas no mesmo dia (operações conhecidas como day trade) a preços crescentes.
Isso permitia ganhos imediatos aos participantes, pois quem comprava revendia a um valor maior seguinte da cadeia. Bastava a esse último comprador pagar pelo título menos do que o governo pagaria ao saldar a dívida para ter lucro também.

Lucro

Na negociação dos títulos públicos de Pernambuco, os lucros foram para os doleiros. À época, secretário da Fazenda, Eduardo Campos emitiu, entre junho e novembro de 1996, R$ 480 milhões em títulos estaduais. O objetivo alegado era que o governo pernambucano precisava captar dinheiro no mercado para os débitos pendentes. O Banco Vetor foi o primeiro a comprar os títulos, com descontos de quase 50%. A escolha desse banco foi feita sem licitação, sob o argumento da “notória especialização”. A CPI quebrou o sigilo bancário, fiscal e telefônico de diretores de 24 empresas, 5 bancos e 18 distribuidoras e corretoras.

Outros estados

Além de Pernambuco, foram encontradas irregularidades nos estados de São Paulo, Alagoas, Pernambuco e Santa Catarina. Bancos e corretoras foram liquidados e mais de 60 pessoas tiveram seus bens bloqueados. Em dezembro de 2009, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) condenou Eduardo Campos e diretores das corretoras ao crime de infração grave e eles foram proibidos de exercer cargos de direção na administração de instituições fiscalizadas pelo Banco Central – como os bancos públicos e privados.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/eduardo-campos-liderou-fraude-aos-cofres-publicos-1.178331

Anastasia ajudará elaborar programa de governo de Aécio

O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), adiantou nesta segunda-feira, 31, que participará da elaboração do programa de governo do provável candidato tucano à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG). 

"Até o dia 4 (de abril) estarei no exercício do governo, depois passo o governo ao vice e tiro umas férias merecidas. Quando voltar, vou participar (da elaboração) do programa de governo do candidato Aécio Neves", afirmou Anastasia, ao chegar a um evento promovido pelo grupo Lide, em São Paulo, onde Aécio fará logo mais uma palestra. A partir do dia 4, o chefe do executivo de Minas Gerais será Alberto Pinto Coelho (PP), atual vice de Anastasia.

Segundo o governador, não há ainda uma definição sobre a disputa ao Senado Federal. "Depois iremos decidir se serei candidato ou não. O primeiro esforço será o programa de governo", afirmou. E complementou: "Vou esperar o momento certo e fico muito animado com qualquer missão que me seja atribuída".

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/anastasia-ajudara-elaborar-programa-de-governo-de-aecio-1.230998

'Não admitir erro é que incomoda', diz Aécio

Para o senador Aécio Neves, o governo da presidente Dilma Rousseff comete um novo equívoco ao não admitir as falhas no caso da compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras


São Paulo - O senador e provável candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira que o governo da presidente Dilma Rousseff comete um novo equívoco ao não admitir as falhas no caso da compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras. "Errar é humano, todos erram, o que me incomoda é não admitir o erro", disse o tucano, ao chegar para dar palestra em um evento na capital paulista, promovido pelo Lide.

Aécio disse que os erros se agravam ao se "achar que está tudo bem". "Porque aí não corrige. (O governo) Acha que não tem inflação. Que estamos crescendo muito bem, é propaganda", emendou. O senador, que encabeça a iniciativa de criação de uma CPI para investigar a Petrobras, disse que o Brasil vive uma realidade distinta da que o governo quer mostrar. "Daqui a pouco a gente vai ter o confronto do Brasil virtual, da propaganda, com o Brasil real", afirmou.

Aécio disse que o Brasil parou de crescer". "Os empregos com melhores salários foram embora. Foram dois milhões nos últimos dois anos."

Para o tucano, o Brasil é hoje um "País assustado com a absoluta incapacidade de gestão que o governo (Dilma Rousseff)tem demonstrado em todas as áreas". Segundo ele, "a Petrobras é mais emblemática, mas isso se espalhou pelo governo todo.""Estou esperando por esse momento de enfrentamento entre o Brasil real e o virtual", reforçou.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/31/interna_politica,513688/nao-admitir-erro-e-que-incomoda-diz-aecio.shtml

Vereadores de Belo Horizonte querem ser deputados

Pelo menos 20 dos 41 vereadores de Belo Horizonte estão dispostos a se lançar em voos mais altos e arriscados este ano, com candidaturas para deputado estadual ou federal. Mas precisam estar preparados para um desafio: sem cumprir integralmente o mandato para o qual foram eleitos, necessitam apresentar ao eleitor um histórico do trabalho realizado no Legislativo Municipal. Além disso, precisam trabalhar para “descolar” a sua imagem pessoal dos escândalos e denúncias de âmbitos pessoal e político que vieram à tona nos últimos anos, envolvendo membros do legislativo municipal.

Em uma eleição majoritária, pesa ainda a crise de legitimidade dos partidos políticos no Brasil e o desafio de obter capilaridade no interior de Minas Gerais para expandir a base eleitoral. “Os vereadores que apostarem em Belo Horizonte, estritamente, na campanha, terão muita dificuldade, pois a imagem de alguns deles, que protagonizaram escândalos nos últimos meses está muito desgastada. Será preciso ter as chamadas ‘dobradinhas políticas’, as redes de contato com prefeitos, vereadores, lideranças que ditem que em cada região aquele candidato é o favorito, digamos”, afirma o sociólogo Rudá Ricci.

Nas últimas eleições, foram necessários, no mínimo, cerca de 30 mil votos para eleger deputados estaduais e 40 mil para eleger federais, sem falar de coligações. Se os veteranos que deverão tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa, como Leonardo Mattos (PV), Adriano Ventura (PT), Tarcísio Caixeta (PT), Sérgio Fernando (PV), Gunda (PRP), Iran Barbosa (PMDB), Silvinho Rezende (PT), Preto (DEM), Joel Moreira Filho (PTC), Bruno Miranda (PDT), Daniel Nepomuceno (PSB), Léo Burguês (PTdoB) e Pablito (PV) já têm experiência no trâmite ente Legislativo e Executivo municipais, para o cientista político Gilberto Barros, professor da PUC Minas, outra dificuldade se apresenta: ter “independência” em relação ao prefeito Marcio Lacerda (PSB).

“A ação do vereador é restrita ao espaço político, bairro ou classe que ele representa. Ele não conhece a cidade toda, legisla no máximo para a sua região e em geral é o legitimador de ações do Executivo, com exceção da oposição”, explica o especialista. Neste momento, a maior parte desses políticos estuda o orçamento junto ao partido e a viabilidade para lançar o nome.

Novatos
Para os novatos Marcelo Aro (PHS), Coronel Piccinini (PSB), Vilmo Gomes (PTdoB), Pelé do Vôlei (PTdoB), Bim da Ambulância (PTN), Delegado Edson Moreira (PTN) e Marcelo Álvaro Antônio (PRP), a falta de “maturidade política” poderá ser um obstáculo, de acordo com o cientista político. Desses nomes, apenas Edson Moreira e Marcelo Álvaro, filho do ex-deputado estadual Álvaro Antônio Teixeira Dias, têm a intenção de concorrer para deputado federal.

Atuação pautada no ‘bem-estar’ da população

Entre os vereadores ouvidos pelo Hoje em Dia, todos, independentemente de partido, disseram ter uma atuação pautada no “bem-estar” do cidadão e que seriam “essenciais” para a Assembleia ou Câmara dos Deputados. “Acho que a Assembleia precisa de representantes do nosso segmento. Não sei se vou sair, se vai ter orçamento, mas seria uma atuação importante para Minas Gerais”, afirmou Leonardo Mattos (PV).

O petista Adriano Ventura, considera que tem como diferencial em relação aos prováveis concorrentes do Barreiro sua atuação “comunitária”. “Minha atuação com mobilidade urbana e habitação é a única na Câmara Municipal, muitas vezes apanho sozinho da base do prefeito. Acredito que pelo fato de eu pensar até mesmo no impacto com as cidades vizinhas, da Região Metropolitana, possa ser o diferencial que justifique a importância do meu nome na Assembleia”, defende.

O vice-líder do governo, Sérgio Fernando (PV), acusado de “mudança de postura”, por representantes de organizações da sociedade civil da sua base eleitoral, nega que tenha deixado suas promessas de campanha para trás. “Continuo com a mesma conduta de antes, de trabalho pelo meio ambiente, defesa da Pampulha e dos animais. Meu trabalho como vice-líder está em plenário, na defesa de projetos do Executivo, não deixei minha atuação de lado”, afirma.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/vereadores-de-belo-horizonte-querem-ser-deputados-1.230838

Intervencionismo e ideologia: o estado das coisas

Na última semana, procurei discutir como o governo Dilma representa a cristalização de uma matriz teórica, política e ideológica anacrônica e uma visão equivocada sobre o modelo de intervenção do Estado e o funcionamento da economia de mercado e da sociedade contemporânea. O intervencionismo desorganizador se manifesta em todos os lados. Nos graves gargalos do setor elétrico. Na queda da produção e do valor de mercado com ações despencando e na explosão do endividamento da Petrobras. Nos preços administrados represados na energia, nos combustíveis e no transporte coletivo, intervencionismo superado como estratégia de combate à inflação. Na desorganização do setor de açúcar e álcool. Nos financiamentos generosos e subsidiados pela sociedade para supostos “campeões globais”, como Eike Batista e frigoríficos quebrados, em lugar da democratização da taxa de juros. Nas desonerações fiscais pontuais em vez de uma equação sistêmica para o sistema fiscal e tributário. E dá-lhe “contabilidade criativa” para maquiar os números do governo e voluntarismo na política monetária, em vez do correto manejo da política econômica. Na rendição tardia e sem convicção às parcerias com o setor privado, após as sucessivas frustrações do PAC para atacar os nós da infraestrutura. Enfim, um modelo intervencionista anacrônico a serviço de resultados pífios.

O saldo começa a aparecer na inflação alta, na baixa taxa de investimento, na desindustrialização, no crescimento econômico medíocre, nos desequilíbrios externos e, principalmente, na crise de confiança na economia brasileira.

Lula era mais pragmático e tinha Palocci e Meirelles para sustentar os pilares econômicos herdados do governo FHC. Dilma não, a presidente tem um elenco de ideias próprias e originais sobre o funcionamento da economia e o papel do Estado. Já no segundo mandato de Lula combateu a ideia de Palocci de criar uma trava legal para que as despesas correntes não crescessem acima do PIB.

O país não resistirá impunemente a mais quatro anos de intervenções atrapalhadas e de ideias fora de lugar em mundo globalizado e dinâmico, que exige um novo paradigma de desenvolvimento e de atuação estatal.

O software enviesado e superado que preside a formulação de Dilma remonta às raízes do PT. Todos sabem que o PT nasceu a partir de três vertentes: o sindicalismo do ABC, parcela das comunidades eclesiais de base da Igreja e a esquerda de origem marxista-leninista-trotskista. Lula cresceu no ambiente do sindicalismo de resultados, negociador, não ideológico, inspirado e treinado pelo sindicalismo norte-americano. Daí seu pragmatismo e travessia pela linha de menor resistência. Dilma veio da esquerda armada de 1968, ortodoxa, dirigista e que nutre a convicção de que é possível moldar a sociedade e o mercado a partir da ação do Estado e conduzir as políticas públicas com voluntarismo e visão totalizante. Daí o estado atual das coisas.

Fonte: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/marcus-pestana/intervencionismo-e-ideologia-o-estado-das-coisas-1.816381

sexta-feira, 28 de março de 2014

Rede apoia o professor Apolo Heringer para o governo de Minas

O coletivo Rede Sustentabilidade oficializou o pré-lançamento do professor de medicina Apolo Heringer (PSB) ao governo de Minas. A decisão leva o partido a disputar no voto a indicação socialista ao Palácio. Isso porque o PSB defende o nome do prefeito Marcio Lacerda como cabeça de chapa.

A falta de consenso dos aliados sobre os rumos do PSB em Minas alimenta rumores de que a parceria com a Rede no Estado anda “estremecida”.

“A candidatura do Apolo ao governo não implica em impor de forma alguma qualquer tipo de constrangimento ao PSB, pelo contrário. Estamos dando uma alternativa ao povo mineiro”, declarou um dos fundadores da Rede, José Fernando Aparecido. De acordo com ele, a ata lavrada na terça-feira na qual definiu-se o nome de Apolo foi encaminhada à cúpula nacional do partido e a todos os filiados.

O presidente do partido em Minas, Júlio Delgado, admite a possibilidade da legenda bater chapa na convenção. Ele disse desconhecer a indicação de Apolo pelos aliados. “Recebo essa manifestação, mas ela vai ser submetida ao interesse do partido, a um projeto maior. Como te disse, Marcio é o nome do PSB, pois tem condições reais de se eleger. De qualquer maneira, veremos na convenção”, disse Júlio.

Mesmo negando o constrangimento, José Fernando criticou o acordo firmado entre Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) de fechar palanque duplo em Minas. “Essa estratégia deles é equivocada. Ela não é clara em relação ao nosso pensamento”. Quanto à indicação do prefeito Marcio Lacerda pela cúpula do PSB, José Fernando disse que está ciente da possibilidade. “Ele tem hora e dia para renunciar à prefeitura”, declarou. A convenção será realizada em abril. 

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/rede-apoia-o-professor-apolo-heringer-para-o-governo-de-minas-1.230174

Queda na popularidade de Dilma faz ações das estatais subirem quase 10%

Bovespa registra alta de 3,5%. Dólar recua e fecha no menor nível desde novembro

A euforia mostrada nessa quinta-feira pela Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) diante do primeiro abalo, este ano, do favoritismo eleitoral da presidente Dilma Rousseff ganhou impulso com uma mudança de humor em relação à Petrobras e à Eletrobras. Ignorando as quedas nos mercados internacionais, a BM&FBovespa operou desde a largada em alta de 2%, afetada pela divulgação da pesquisa CNI/Ibope, que apontava recuo na aprovação do governo de 43%, em dezembro, para 36% este mês. As duas grandes estatais tocaram a onda, com destaque para a alta de 9,84% dos papéis ordinários (ON) da Eletrobras e de 8,13%, dos preferenciais (PN) da Petrobras. Trata-se da melhor performance dessas ações em quase 10 meses.

O pregão encerrou aos 49.646 pontos, maior nível desde janeiro, e valorização de 3,5%, melhor desempenho desde os 3,6% alcançados em 2 de setembro. O giro financeiro de R$ 10,4 bilhões superou em muito a movimentação média diária do ano, de R$ 6,37 bilhões. Nesta toada, o dólar caiu 1,73%, a R$ 2,268, menor nível desde 4 de novembro. Nos contratos futuros a retração foi de 1,6% em abril, para R$ 2,269, e de 1,61% em maio, para R$ 2,287.

Descrente em relação à capacidade do governo de cumprir metas fiscais e ressentido com o uso político das empresas estatais, o mercado reagiu bem ao resultado da CNI/Ibope, mesmo após pesquisa de intenção de voto do Ibope na semana passada apontar vitória de Dilma no primeiro turno.

O pré-candidato à Presidência, senador Aécio Neves (PSDB-MG), atribuiu a queda da popularidade da presidente “ao conjunto da obra”. “A equação do PT é inflação alta com crescimento baixo. Na infraestrutura, patinamos. Tudo parado, no meio do caminho, custo Brasil elevadíssimo. Os resultados começam a apontar para um governo que vive os seus estertores”, disse.

O governador de Pernambuco e também presidenciável Eduardo Campos (PSB) avaliou a pesquisa como a prova de que a relação de confiança entre o governo brasileiro e a sociedade é um “cristal que quebrou”. Na sua avaliação, esta crise “também de expectativa” só será superada nas urnas, pelo voto. 
O Planalto considerou a empolgação do mercado como algo natural e já esperado. “A reação dos investidores diante de uma situação de piora na imagem do governo não poderia ser diferente”, disse uma fonte. Os dados que mostram um o percentual maior de eleitores que vêem o governo Dilma como pior que o de seu antecessor, reforçou também nos bastidores a movimentação de empresários e políticos pelo “Volta Lula”.

Segundo analistas ouvidos pelo Estado de Minas, os investidores enxergaram na queda de sete pontos da avaliação positiva de Dilma um começo de mudança a favor de um segundo turno e até de uma vitória da oposição. Com isso, Petrobras e Eletrobras, que atravessam graves problemas de caixa em virtude de malsucedidas decisões políticas, teriam a chance de uma nova condução a partir de 2015. 

“Apesar de a presidente ainda manter a liderança em pesquisas eleitorais, o mercado viu na queda de avaliação de hoje (ontem) um retrato mais seguro da tendência para o pleito de 2014, a exemplo do ocorrido em março de 2010, quando a então candidata Dilma começou a subir até vencer no final”, avaliou Jason Vieira, economista do portal de informações financeiras Moneyou. “Não se trata só de uma torcida contra o governo, mas de oportunidades de momento a serem aproveitadas. Certamente haverá grande oscilação ao longo dos próximos meses, pois não há ainda tendência definitiva para as eleições”, acrescentou.

Fator externo Ricardo Torres, professor da escola de negócios BBS, observou que os dois candidatos rivais mais competitivos da presidente Dilma, Aécio e Campos, são vistos pela maior dos investidores como mais adequados à criação de um ambiente propício ao investimento e, consequentemente, ao crescimento econômico. “A percepção sobre a capacidade da presidente de mudar o cenário é muito negativa no Brasil e, principalmente, no exterior”, ressaltou o economista, que mora em Luxemburgo. 

Para ele, o aplicador estrangeiro terá papel decisivo nesse novo horizonte de negociações. “Cotada em dólar, a bolsa paulista está praticamente de graça, se comparada a outras no mundo, oferecendo boas oportunidade de compra. Assim, se a oposição subir nas pesquisas, haverá uma corrida à ela. Mas se Dilma melhorar nas pesquisas, vai despencar para um buraco ainda mais fundo do que antes”, previu.

Roberto Indech, diretor da corretora , ressaltou que os desdobramentos do escândalo da venda da refinaria americana de Pasadena foram “pouco significativos” para as negociações com ações da Petrobras. Para ele, o mercado deixou claro que os erros de gestão na petroleira já foram precificados, fazendo com que sinais de mudança de governo e, por tabela, de comando nas estatais passem a ter peso mais significativo.

Inflação alta como legado

Deco Bancillon

Brasília – A escalada dos preços de produtos e serviços é o principal legado econômico que o governo Dilma Rousseff deixará para o próximo presidente da República. Independentemente de quem seja o candidato eleito ou reeleito no pleito de outubro, ele terá de justificar ao eleitorado uma inflação elevada até pelo menos março de 2016. Até essa data, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), o parâmetro oficial do custo de vida no país, deverá ficar persistentemente acima do centro da meta de inflação, de 4,5% ao ano. 

A previsão é do Banco Central (BC), que projeta outro ano de baixo crescimento e inflação elevada em 2014. O Produto Interno Bruto (PIB), que avançou 2,3% em 2013, na melhor das hipóteses, deverá encerrar o ano em 2%. Já a inflação, que em 2014 completará meia década acima do centro da meta, fechará dezembro em 6,1%. Também, portanto, acima dos 5,91% entregues pelo governo ano passado. 

As previsões do BC reforçam um cenário preocupante para a economia. Em quatro anos de governo Dilma Rousseff, o desempenho do PIB caiu à metade do que fora no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 4,6% para 2%. É, portanto, o pior crescimento econômico em duas décadas. Enquanto isso, a inflação média ampliou-se de 5,1% ao ano, entre 2007 e 2010, para 6,%, nos quatro anos seguintes.

Seria um quadro pessimista não fosse o fato de que as estimativas do mercado financeiro são ainda mais conservadoras. Para o PIB, por exemplo, a pesquisa Focus, feita com cerca de 100 instituições financeiras, aponta elevação de 1,7%. Mas há, entre experientes analistas, quem aposte em desempenho ainda menor, de 1,3% a 1,5%. O ceticismo é ainda maior quando o que está em jogo é a inflação. As apostas do mercado são de que o IPCA encerrará o ano em 6,28%. 

Juros Diante de números nada animadores, o mercado entende que o BC deverá seguir elevando os juros. As avaliações ganharam fôlego após o diretor de Política Econômica da instituição, Carlos Hamilton, ter declarado ontem que, apesar dos ventos contrários na economia, “a política monetária está fazendo o seu papel, e vai continuar fazendo esse papel”. “À medida que o tempo for passando, certamente os preços vão responder ao esforço de política monetária que está sendo feito”, reiterou Hamilton. 

A taxa Selic sobe sem parar desde abril de 2013, quando saiu da mínima histórica, 7,25% ao ano, para o patamar atual: 10,75%. Mesmo assim, os preços e, mais importante, as expectativas para a inflação futura, não cederam. “O cenário ainda é bastante preocupante”, observou o economista Vagner Alves, da gestora de recursos Franklin Templeton. 

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/03/28/internas_economia,512738/queda-na-popularidade-da-presidente-dilma-faz-acoes-das-estatais-subirem-quase-10.shtml

Sociedade tende a ser mais crítica, diz Eduardo Campos

"As pessoas podem até poupar a presidente, mas cada vez mais compreenderão que ela teve a oportunidade dela e agora é hora de mudança", disse Eduardo Campos

Gravatá - O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) afirmou nessa quinta-feira, que a tendência da sociedade será adotar uma postura cada vez mais crítica em relação ao governo. "As pessoas podem até poupar a presidente, mas cada vez mais compreenderão que ela teve a oportunidade dela e agora é hora de mudança", afirmou ao comentar a queda da aprovação do governo federal na última pesquisa Ibope/CNI de 43% para 36% de dezembro de 2013 para março.

Ele deu entrevista antes de fazer palestra sobre Pacto Federativo no congresso estadual da União dos Vereadores de Pernambuco, em um hotel no município de Gravatá, no agreste. Ele observou que quem acompanha permanentemente o desempenho do governo são os políticos e a imprensa especializada. "A sociedade (acompanha) o que (o governo) está fazendo em alguns momentos especiais, quando acontece um fato relevante ou quando se aproxima eleição."

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/28/interna_politica,512763/sociedade-tende-a-ser-mais-critica-diz-campos.shtml

quinta-feira, 27 de março de 2014

CNI/Ibope: 73% desaprovam política de juros do governo federal.

Brasília - Pesquisa CNI/ Ibope divulgada nesta quinta-feira, 27,apontou, para 36% dos entrevistados, a expectativa para o restante do governo da presidente Dilma Rousseff é ótima ou boa. Foi uma queda de nove pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de dezembro. Para outros 28%, a expectativa é ruim ou péssima, uma elevação de sete pontos percentuais em relação à sondagem anterior.

Ao todo, 31% dos entrevistados consideram que a expectativa até o fim do mandato de Dilma é regular, uma oscilação dentro da margem de erro da sondagem anterior, que era de 30%.

Ao mesmo tempo, subiu de 34% para 42% o porcentual dos que consideram o governo Dilma pior do que o de Lula. Aqueles que consideram melhor caíram de 14% para 11%. Os que consideram igual agora são 46%, uma queda de três pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior.

Desemprego

A pesquisa apontou também que 57% dos entrevistados desaprovam a atuação do governo Dilma no combate ao desemprego no País. É uma subida de oito pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, de dezembro. A aprovação caiu de 47% para 40% no período.

A primeira pesquisa CNI/Ibope de 2014 foi realizada entre os dias 14 e 17 deste mês com 2.002 pessoas em 141 municípios. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/27/interna_politica,512469/cni-ibope-73-desaprovam-politica-de-juros-do-governo.shtml

Polemico: Com Marina fora, PV agora defende maconha e aborto

"De certo que é um tema a ser discutido com bastante responsabilidade, afinal, trata-se da pauta referente  de exclusividade da dignidade humana universal, ou seja, até que ponto somos donos de nós e até onde o Estado pode chegar?. Marcelo Passos"



Quatro anos depois de ter como candidata ao Planalto, a ex-ministra Marina Silva, o PV se prepara para levar à campanha presidencial temas polêmicos como liberar o aborto além das situações permitidas pela atual legislação e descriminalização do consumo de maconha. Os dois assuntos foram descartados em 2010 em função da religião da então candidata - Marina é evangélica.

Esses temas fazem parte dos dez pontos programáticos lançados ontem para discussão interna pelo pré-candidato do PV, o ex-deputado Eduardo Jorge. Na campanha passada, o partido não só passou longe desses temas como Marina se colocou publicamente contrária tanto à descriminalização do aborto como à da maconha. Naquele ano, a ex-ministra obteve quase 20 milhões de votos e ficou em terceiro lugar na disputa contra a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra.

"Não vamos fazer campanha olhando para 2010", disse Eduardo Jorge. "Questões de orientação sexual, reforma política, reforma tributária e relações com a agricultura não foram bem defendidas em 2010."

Ao contrário de quatro anos atrás, o PV não utilizará no programa de governo a "cláusula de consciência", dispositivo incluído no documento de 2010 como solução para abrigar a candidatura de Marina, que se desfiliou em 2011. Isso porque, segundo integrantes do partido, a defesa do aborto e da maconha sempre foi uma bandeira da legenda, mas isso acabou sendo "temporariamente" revisto para a ex-ministra evangélica se candidatar pela sigla.

"Essas questões são responsáveis pelo sofrimento de milhares e milhares de famílias. Vamos dar a elas uma opção, a forma de melhor apoiar os brasileiros que se defrontam com esses problemas", explicou Eduardo Jorge. O ex-deputado reconhece que, entre os eleitores que votaram na candidata do PV em 2010, havia conservadores que foram atraídos pelas convicções pessoais e religiosas de Marina. Afastar o PV desse eleitorado, garantiu o pré-candidato, não é problema, mas solução.

"Ali estavam os descontentes com o PT, o PSDB, a administração Lula/Dilma, ecologistas, religiosos, evangélicos e mesmo conservadores atraídos pela candidata", disse Eduardo Jorge. "Não nos interessa se vamos perder ou ganhar votos ao abordar questões tão importantes (como aborto e maconha). Não vamos fugir delas."

Alternativa

Com o debate sobre aborto e uso de maconha, o PV acredita que será a "novidade da eleição", como definiu Eduardo Jorge. O ex-deputado acredita que, assim, o PV poderá ser o contraponto às propostas das principais candidaturas presidenciais - além de Dilma, as do senador tucano Aécio Neves (MG) e a do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB).

"O PV é uma corrente política que encarna novidades como a cultura de paz e o desenvolvimento sustentável", explicou o pré-candidato. "Faz críticas tanto ao capitalismo quanto ao socialismo. Ambos, desprezando os limites ambientais, colocaram a humanidade no século 21 diante de uma crise econômica, social e ambiental sem precedentes."

Está será a quarta vez que o PV terá candidato próprio a presidente. O melhor resultado foi obtido em 2010, com Marina. A estreia, em 1989, foi com o jornalista e hoje ex-deputado Fernando Gabeira, que obteve 0,17% dos votos na eleição vencida por Fernando Collor. Em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu a reeleição no primeiro turno, o PV lançou o deputado Alfredo Sirkis - aliado de Marina que foi com ela para o PSB - e ficou 0,31% dos votos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Avaliação positiva do governo Dilma cai a 36%, diz pesquisa CNI/Ibope

Foi a primeira vez, desde julho do ano passado, logo após os protestos de rua, que a presidente interrompeu a trajetória ascendente de avaliação positiva


Brasília - A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu sete pontos percentuais na comparação com a ultima pesquisa do CNI/Ibope, realizada em dezembro passado. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira aponta que a aprovação da presidente ficou em 36%, ante os 43% regsitrados anteriormente. O levantamento, primeiro da CNI/Ibope este ano, foi feito entre os dias 14 e 17 deste mês.
Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais. A sondagem foi feita antes da revelação de que a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobrás, votou a favor da compra de parte da refinaria de Pasadena com base em um resumo juridicamente "falho".

No mesmo período, a sondagem registrou uma oscilação dentro da margem de erro de 35% para 36% dos entrevistados que consideram o governo regular. O percentual dos que o avaliam como ruim ou péssimo o governo da presidente Dilma subiu de 20% para 27%.

Foi a primeira vez, desde julho do ano passado, logo após os protestos de rua, que a presidente interrompeu a trajetória ascendente de avaliação positiva. Na ocasião, ela registrou 31% de avaliação positiva.

O porcentual dos entrevistados que aprova a maneira de a presidente Dilma Rousseff governar caiu de 56% para 51%. Ao mesmo tempo, aqueles que desaprovam a maneira da atual presidente de governar subiu de 36% para 43%.

Assim como a avaliação positiva, a aprovação da maneira de governar de Dilma inverteu a trajetória favorável. Em julho, 49% reprovavam a maneira de governar, superando, na ocasião, aqueles que a aprovavam, que eram 45%. Isso ocorreu logo após o início dos protestos de rua País afora. Foi a única vez que ela registrou uma reprovação superior à aprovação da maneira de governar desde que assumiu a presidência, em 2011.

A confiança na presidente Dilma diminuiu de 52% para 48%. O porcentual dos que não confiam nela subiu no mesmo período de 41% para 47%. Na prática, os indicadores de confiança e desconfiança estão tecnicamente empatados. O índice dos que não souberam ou não quiseram responder a essa pergunta também oscilou de 7% para 5%, dentro da margem de erro.

A presidente está longe de recuperar completamente a confiança que a população tinha nela nos dois primeiros anos de governo, que chegou a 75%.

A primeira pesquisa CNI/Ibope de 2014 foi realizada entre os dias 14 e 17 deste mês com 2.002 pessoas em 141 municípios. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais. A sondagem foi feita, portanto, antes da revelação de que a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobrás, votou a favor da compra de parte da refinaria de Pasadena com base em um resumo juridicamente "falho".

Em 2012, a estatal concluiu a compra da refinaria e pagou ao todo US$ 1,18 bilhão por Pasadena, que, sete anos antes, havia sido negociada por US$ 42,5 milhões à ex-sócia belga. A oposição protocolou hoje o pedido para a abertura de uma CPI no Senado para investigar o caso.


Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/27/interna_politica,512451/avaliacao-positiva-do-governo-dilma-cai-a-36-diz-pesquisa-cni-ibope.shtml

Vitoria Popular, oposição protoloca no Senado pedido para instalação de CPI da Petrobras

Compra de refinaria nos Estados Unidos pode ser investigada no Congresso se CPI for aprovada


Brasília -Depois de conseguir, nessa quarta-feira, as assinaturas para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Petrobras, 28 assinaturas, uma a mais que o mínimo necessário, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) protocolou, na manhã desta quinta-feira, no Senado Federal, o pedido de abertura de CPI para investigar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela estatal brasileira.

Se aprovada, a comissão investigaria supostas irregularidades cometidas entre 2005 e 2014 em quatro pontos: compra da refinaria de Pasadena; indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SMB Offshore para obtenção de contratos com a Petrobras; denúncia de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem equipamentos de segurança necessários; e indícios de superfaturamento na construção de refinarias.

Com o protocolo a CPI não está automaticamente instalada. Ainda há um caminho sem prazos para percorrer. O primeiro passo começa na secretaria da Casa, que fará a conferência dessas 28 assinaturas. Depois, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), precisa ler o requerimento em plenário - o que não tem data para ocorrer. Até a meia noite da data da leitura, parlamentares podem retirar suas rubricas e, se o número total for menor que 27, a investigação não pode ser instalada. Se for maior, aí, sim, está instalada a CPI.

Paralelamente ao pedido de apuração no Senado, a oposição trabalha para coletar assinaturas também na Câmara. Se os partidos conseguirem alcançar 171 adesões de deputados, os parlamentares cancelarão o procedimento no Senado para priorizar a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), reunindo congressistas das duas Casas e, acreditam, minimizando a influência do governo Dilma Rousseff na condução das Investigações.

PSB

Na noite dessa quarta-feira, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) anunciou que seu partido iria aderir integralmente ao pedido de CPI, o que foi fundamental para completar o número de adesões necessárias.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/27/interna_politica,512447/oposicao-protoloca-no-senado-pedido-para-instalcao-de-cpi-da-petrobras.shtml

CCJ da Câmara aprova cotas para negros em concursos

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 26, uma proposta que reserva aos negros, por um período de 10 anos, 20% do total de vagas oferecidas em concursos públicos da administração pública federal e das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.

O relator na CCJ, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aprovou a proposta com três emendas apresentadas por deputados. Uma das emendas aprovadas, do deputado Luiz Alberto (PT-BA), estende a reserva de vagas para nomeação de negros aos cargos em comissão. A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público havia aprovado sugestão no mesmo sentido.

Segundo o relator, os negros continuam com acesso reduzido às oportunidades de obter aprovação nos concursos públicos, em decorrência de uma dívida histórica. "Essa dívida remonta aos tempos da escravidão e sua posterior exclusão dos meios de educação formal, que levaram à condição de pobreza a maioria dos negros do País", ressaltou Picciani. "Segundo IBGE, apesar de os negros representarem mais de 50% da população, eles ocupam hoje menos de 30% dos cargos na administração pública", completou o relator. O texto segue agora para análise do Plenário, que deverá decidir se aprova a reserva de 20% das vagas prevista na peça original ou de 30%, conforme emenda.

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/ccj-c%C3%A2mara-aprova-cotas-negros-concursos-001400288.html

Aécio saúda 'resgate' do Senado após adesões para CPI da Petrobras

"Essa decisão tomada por parlamentares da base aliada e da oposição é um momento que deve ser saudado como um resgate dessa Casa", disse o senador Aécio Neves



Brasília - O provável candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (MG), saudou na noite dessa quarta-feira o “resgate” do Senado logo após o recolhimento de assinaturas suficientes para a criação da CPI da Petrobras na Casa. Hoje, logo após o apoio da bancada do PSB do também pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos, à investigação parlamentar, o vice-líder dos tucanos, Alvaro Dias (PR), disse que apresentará hoje o pedido de abertura da comissão.
“Essa decisão tomada por parlamentares da base aliada e da oposição é um momento que deve ser saudado como um resgate dessa Casa daquela que deveriam ser sempre uma das nossas prerrogativas, a defesa do interesse público”, afirmou o pré-candidato do PSDB, em discurso no plenário. Aécio Neves disse que não falta “coragem” dos parlamentares para se realizar uma CPI. “Não podemos aceitar essa covarde terceirização de responsabilidades”, criticou.

O tucano disse que as investigações serão conduzidas com “serenidade” e “responsabilidade” na hora de ouvir depoentes que participaram da “perversa” operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e outros casos que envolvem a estatal. “Eu lamento muito, mas espero que este Senado não vire instrumento de disputa eleitoral”, afirmou a senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffman (PT-PR).

A proposta de se fazer uma CPI sobre a estatal ganhou força depois que o jornal O Estado de S. Paulo revelou, na semana passada, que a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da compra de parte da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), com base em um resumo juridicamente “falho”. Dois anos atrás, a estatal concluiu a compra da refinaria e pagou ao todo US$ 1,18 bilhão por Pasadena, que, sete anos antes, havia sido negociada por US$ 42,5 milhões à ex-sócia belga.

A estratégia da oposição é apresentar um pedido de CPI no Senado e ao mesmo tempo continuar a colheita de assinaturas para realizar uma CPI mista (composta por deputados e senadores). Na Câmara, até o momento, conseguiram 143 assinaturas, sendo que o mínimo na Casa é de 171 nomes. Se conseguirem o apoio na Câmara, vão retirar o requerimento para se fazer uma investigação exclusiva no Senado, e farão uma conjunta das duas Casas Legislativas.

Na Câmara, após o oposicionista PSDB, com 35 apoios, o PMDB, com 28 assinaturas, e o PSB, com 21 nomes, são os dois principais partidos da base aliada que estão apoiando a criação da CPI mista. Nos bastidores, o chamado blocão, grupo de partidos da base aliada descontentes com o tratamento do governo, iria esperar a coleta de assinaturas no Senado para se mobilizar na Câmara.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/27/interna_politica,512342/aecio-sauda-resgate-do-senado-apos-adesoes-para-cpi-da-petrobras.shtml

quarta-feira, 26 de março de 2014

Aécio vê "possibilidade real" de obter hoje assinaturas para instalar CPI da Petrobras

Senador Aécio Neves disse que número de assinaturas para instalar CPI podem ser alcançados ainda hoje


O presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves disse, nesta quarta-feira, que apesar de a bancada da oposição ser menor, na Câmara e no Senado, “há uma possibilidade real” de ser alcançado ainda hoje o número necessário de assinaturas para a instalação de uma CPI sobre a Petrobras no Senado.

“Fizemos uma avaliação e há uma possibilidade real de alcançarmos hoje esse número de assinaturas por uma razão: a gravidade do tema e a percepção de que, na opinião pública, na sociedade brasileira, também há esse sentimento de que a questão está muito mal explicada”, disse.

No Senado, são necessárias 27 assinaturas DOS 81 senadores. Para uma comissão mista no Senado e na Câmara, é preciso também o apoio de 171 deputados. O tucano tem a promessa de que o PSB, partido de Eduardo Campos, outro provável adversário de Dilma na disputa eleitoral deste ano, assinará o pedido de CPI. Na conta do mineiro, além dos votos dos quatro senadores do PSB, está o apoio de parlamentares dissidentes. "Só há uma força maior do que a força do Executivo sobre o Legislativo, é a força da opinião pública", disse Aécio.

Aécio também destacou que o governo precisa entre as duas versões dadas pelo Executivo. “Ou foi um bom negócio, como diz [o ex-presidente da Petrobras, Sérgio] Gabrielli, em função da questão de mercado na época, e essas cláusulas são absolutamente normais, ou, como diz a presidente da República, ela foi enganada a partir da omissão das informações. A questão é muito grave e vamos lutar para que ela possa ser esclarecida”, disse o senador. 

Aécio também disse que a CPI sobre a Petrobras não entraria apenas na compra controversa da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. “Ela (CPI) entra nessa questão que, para mim, é tão grave quanto que é a da refinaria Abreu e Lima (em construção no Recife). Uma refinaria orçada em US$ 2,5 bilhões vai custar US$ 20 bilhões”, disse o senador tucano. 

Desgasate de Dilma

Indagado se a CPI sobre a Petrobras provocaria um desgaste na imagem da presidente Dilma Rousseff, Aécio disse que “o que desgasta a imagem da presidente é a realidade, são os fatos”.

O senador lembrou que Dilma foi eleita, em 2010, sustentada por dois pilares que, para Aécio, estão ruídos em 2014. “A economia está em frangalhos. E, por outro lado, a grande gestora está se mostrando agora. Quando vemos o que aconteceu no setor elétrico brasileiro, isso é de uma gravidade tão grande para o futuro do Brasil, para a retomada do crescimento do Brasil, que até isso mereceria também uma investigação”, avalia o senador.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/26/interna_politica,512027/aecio-ve-possibilidade-real-de-obter-hoje-assinaturas-para-instalar-cpi-da-petrobras.shtml

Aécio planeja esticar o debate sobre o Bolsa Família no Senado



Tanto o governo como a oposição montaram uma força-tarefa no Senado, para a reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado desta quarta-feira, em que deve ser votado o projeto de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que altera o Bolsa Família.
Para Aécio, no entanto, a prioridade ainda não é aprovar o projeto.

Na última reunião, o tucano comentou com o colega senador Agripino Maia (DEM-RN) que o governo estava mordendo a isca e que, quanto mais o debate fosse esticado, melhor para as eleições.

Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4677438202140906388#editor/src=dashboard

Há 50 anos, estilista mineira Zuzu Angel enfrentou os militares em busca do filho

No cinquentenário do golpe de 1964, as lembranças se tornam mais doloridas para familiares da famosa estilista

Ela não pôde segurar o filho morto nos braços, enxugar o suor e o sangue de seus poros e dar o beijo da despedida. Não jogou flores sobre o caixão, nem teve uma sepultura para visitar quando a saudade doeu fundo na alma. Até o fim de seus dias, a mineira de Curvelo Zuleika Angel Jones (1921-1976), que entrou para a história e o mundo da moda como Zuzu Angel, foi guerreira e lutou com todas as forças de mãe para encontrar o corpo de Stuart Edgar Angel Jones, assassinado aos 26 anos, em maio de 1971, pelos órgãos de repressão, no auge da ditadura militar. No cinquentenário do golpe de 1964, que se completará na próxima segunda-feira, as lembranças se tornam mais doloridas para a jornalista Hildegard Angel, residente no Rio de Janeiro (RJ): "Minha mãe foi uma Tiradentes de saias, e Minas deve se orgulhar dela, pois foi a única, naqueles tempos de medo congelante, a levantar o queixo e apontar o dedo. Intimidava os poderosos. Isso foi notável. Meu irmão não deu a vida de brincadeira, nunca foi festivo. Era um legítimo".

A estilista que trouxe para o país o termo fashion designer fez moda genuinamente brasileira e ganhou reconhecimento internacional, com matérias publicadas no New York Times e Le Monde. "Mas ela sempre dizia que preferia ser citada no Curvelo Notícias (CN) da terra natal do que em qualquer outro jornal do mundo", recorda-se Hildegard, que no próximo dia 1º participará em São Paulo da abertura da mostra Ocupação Zuzu, inteiramente dedicada a todas as facetas da vida e obra da mineira ilustre. O conterrâneo, diretor-presidente do CN, Raimundo Martins dos Santos, de 84 anos, também lembra dessa declaração. "Zuzu era uma pessoa de bem com a vida, mas o fato de não encontrar o corpo do filho a deixava louca de tristeza." 

A família de Zuzu Angel, nascida Zuleika de Souza Netto, se mudou de Curvelo, quando ela ainda era criança, para Belo Horizonte, onde ocorreram fatos que agora são lembrados e divertem Hildegard. "No início da adolescência, foi expulsa pelas freiras do Sagrado Coração de Jesus por malcriação. Mais tarde, se sagrou campeã de natação e ‘nadou de braçada’ em tudo o que fazia. Mamãe sempre foi revolucionária, acho que de origem, e fazia questão de dizer que, em Curvelo, havia um lugar chamado Revólver Clube, isso bem antes de os Beatles lançarem um disco chamado Revolver e do surgimento da banda Guns N’ Roses." 

Por volta dos 18, 19 anos, a jovem estava na casa de parentes, na capital, quando viu pela primeira vez o norte-americano Norman Angel Jones, que comprava cristais de rocha e pedras de Minas para a embaixada dos Estados Unidos. "Papai era um galã. Na hora, conforme me contaram, minha mãe, que já falava inglês, disse às primas e tias que se casaria com aquele homem. E se casou, nascendo Stuart, Ana Cristina, residente na França desde 1969 e eu, a caçula."

Em 1947, o casal foi morar no Rio e, mais tarde, nas criações de Zuzu, o Angel (anjo) do sobrenome passou a ser logomarca. 

"Era uma criadora de moda completa, pois entendia de todo o processo, do corte e costura à apresentação do produto. Hoje, esse é o conceito mais moderno da moda." Mesmo que tenha corrido mundo e morado nos Estados Unidos, Zuzu manteve intacto o amor por Minas: Em 16 de dezembro de 1971, declarou: "Preciso sempre reabastecer minhas baterias de mineirismo. Quando sinto que vai acabando, tenho de voltar".

SEM PERDÃO 
A morte de Stuart Edgar, estudante de economia que caiu na clandestinidade e integrou o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), foi um turbulento divisor de águas na vida de Zuzu Angel. Das profundezas da dor à flor da pele, ela percorreu, já separada do marido, a sua via-crúcis com destemor, sem jamais conseguir encontrar o corpo do filho. Em 29 de novembro de 1986, 10 anos depois da morte de Zuzu, o jornalista José Maurício Vidal Gomes, amigo dela de longa data, publicou no Estado de Minas a reportagem “O urro de uma leoa em busca do filho”. Ele escreveu: "Quantas vezes ouvi este grito, onde quer que estivesse ao lado de Zuzu: ‘Tudo o que quero é meu filho. Já que ele está morto, quero o seu corpo, quero enterrar com minhas mãos o filho que saiu de minhas entranhas (…) Para uma mãe, é pedir muito?’”.

Um companheiro de cela de Stuart relatou que, na manhã de 14 de maio de 1971, depois de dois dias de tortura, ele foi "colocado no porta-malas de um Opala amarelo e levado para a Base Aérea do Galeão, no Rio, onde ficava o Centro de Informações da Aeronáutica (Cisa)". E mais: à noite, de uma janela, a testemunha pôde ver Stuart, "já com a pele semiesfolada", ser arrastado de um lado para o outro do pátio do Cisa, amarrado a uma viatura e com "a boca quase colada a um cano de descarga aberto, a aspirar gases tóxicos".

Na sequência, conta Hildegard, o corpo teria sido jogado no mar. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em agosto de 2013, dois militares perseguidos pela ditadura confirmaram a cena de horror e as "toxinas do cano de escapamento".

"Minha mãe nunca perdoou. Não se conformou com a morte de Stuart. Fez da perda uma bandeira, não baixou a guarda nem abaixou a cabeça. Foi impávida e altiva até o final, principalmente no governo Médici, o tempo mais terrível" – o presidente Emílio Garrastazu Médici (1905-1985) governou o país de 1969 a 1974, já no período chamado de anos de chumbo. "Meu irmão nunca entregou ninguém, era um ideológico. Minha mãe sabia de tudo, claro, e sempre foi solidária a seu filho", diz a jornalista.

Na obsessão de encontrar Stuart, Zuzu costurou para dona Yolanda Costa e Silva (1910-1981), viúva do ex-presidente Artur da Costa e Silva (1899-1969), mas a proximidade não surtiu o efeito desejado. Então, passou a mimeografar dossiês contendo as denúncias sobre o assassinato do filho e entregá-los às atrizes Kim Novak, Joan Crawford e Liza Minelli e encaminhá-los ao senador Edward Kennedy. Em 1976, furou o bloqueio da segurança do secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, em visita ao Brasil, e lhe entregou nova documentação sobre o desaparecimento do filho, que também era cidadão americano. 

Desfile-protesto

Mas foi em 1971, que Zuzu fez o "primeiro e único" desfile-protesto de que se tem notícia, realizado no consulado brasileiro em Nova York. Desde o Ato Institucional nº 5 (AI-5), datado de 13 de dezembro de 1968, estava proibido falar mal do país no exterior. "Ninguém podia dar qualquer declaração ofensiva ao governo, do contrário estava fadado a responder processo, ser preso e torturado. Sendo assim, mamãe fez um desfile comovente, com as modelos usando fitas pretas de luxo na manga, gola, pala e cintura dos vestidos. Ao lado dos bordados tão "agradáveis" e costumeiros nas roupas, havia andorinhas pretas, sol quadrado, canhões atirando e até soldados, que, segundo ele, "recebiam ordens tirânicas". 

Hildegard não consegue conter as lágrimas ao lembrar que Zuzu, no seu desespero, envelheceu "20 anos em dois" e só conseguia encontrar alegria na criação. E a peregrinação continuou acelerada durante anos, mobilizando a imprensa internacional e fazendo contatos, até que, em 14 de abril de 1976, a estilista morreu num acidente no Rio de Janeiro: o Karmann Ghia azul que dirigia derrapou na saída do túnel Dois Irmãos, que depois foi batizado com o seu nome, bateu na mureta de proteção e caiu numa ribanceira. Uma semana antes, temendo que lhe ocorresse algo, "como um acidente de automóvel", ela deixou com o compositor Chico Buarque e outros amigos cartas explicando que a responsabilidade deveria recair sobre "as mesmas pessoas que mataram o meu filho".

No ano seguinte, Chico Buarque e Miltinho, do MPB-4, compuseram Angélica, em homenagem a Zuzu Angel, num tom de acalanto: “Quem é essa mulher/que canta sempre esse estribilho?/só queria embalar meu filho/que mora na escuridão do mar/Quem é essa mulher/que canta sempre esse lamento?/só queria lembrar o tormento/que fez o meu filho suspirar…" Em 25 de março de 1998, 22 anos depois da morte da mineira de Curvelo, o governo brasileiro reconheceu que ela fora vítima de atentado político e não de acidente de carro. O depoimento de dois advogados residentes em João Pessoa (PB) e que estudavam direito na PUC do Rio, na época, foi decisivo para a decisão. "Os dois estarão presentes na abertura da mostra, diz Hildegard.

Mensagem de vida

Anna Marina

Conheci Zuzu Angel no início dos anos 1960. Ela se hospedava na casa de uma parente que morava perto de mim, no Bairro Santo Antônio. Estava chegando de Curvelo, onde nasceu, e seu trabalho como estilista logo chamou minha atenção. A moda brasileira ainda engatinhava por aqui, mas ela estava muito além do copismo, da conformação a modelos importados. Já defendia a cultura brasileira, criando roupas em algodão estampado, florais que lembravam nossas chitas, rendas feitas à mão e modelagem muito pessoal, sem muitos truques de cortes e recortes. Zuzu batalhava para colocar no mercado – e na cabeça das brasileiras – um estilo que tinha muito mais a ver com nosso país tropical do que o das rendas e musselinas usadas na época. Naquele tempo já fazia da moda uma mensagem de vida.

Sua originalidade fez sucesso principalmente nos Estados Unidos, quando produziu vários desfiles e teve coleções vendidas em algumas das principais lojas de Nova York. Era, para os padrões da época, uma estilista vencedora que, estimulada, chegou até a abrir uma butique em Ipanema, a ilha da modernidade do país. Só que, antes disso – anos 1970 –, ela já mostrava uma outra faceta de seu caráter pioneiro, destemido, defensor de suas crenças. Quando a ditadura se instalou no país, seu filho Stuart foi um dos presos, torturado e morto no Galeão, e a família nunca teve acesso ao seu corpo.

Zuzu mostrou sua força através da moda que fazia. Foi desfilar nos Estados Unidos sua revolta contra a ditadura, criando estampas com anjos de luto (o anjo era uma das marcas de suas criações, apoiada em seu nome). Pegou o consulado de Nova York de surpresa e colocou na passarela uma coleção de protesto. Nas roupas, as estampas de sua dor de mãe: anjos engaiolados, grandes manchas vermelhas, motivos bélicos, mensagens políticas que foram amplamente divulgadas pela imprensa internacional.

Voltando ao Brasil, ela não se calou, continuou a lutar contra o desaparecimento do corpo de seu filho Stuart. Incomodou tanto que, em abril de 1976, o carro em que ia para casa – sozinha e na direção – foi empurrado da Estrada do Joá abaixo. Zuzu morreu – mas deixou uma imagem tão forte na sua luta contra a ditadura como deixou com sua moda, orgulhosamente apoiada em suas raízes brasileiras.

Homenagem a uma guerreira

Uma foto da década de 1920 da Rua Primeiro de Maio, hoje Rua Zuzu Angel, no Centro de Curvelo, será um dos destaques da mostra Ocupação Zuzu, em cartaz de 1º de abril a 11de maio, dia das mães, em três andares do Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149), em São Paulo (SP). Ao lado desse registro, estará a Matriz de Santo Antônio, na qual a estilista foi batizada. Os retratos fazem parte do acervo da prefeitura local, que pretende, futuramente, abrir um espaço para reverenciar a memória da estilista. A iniciativa, informa o jornalista e escritor de Curvelo Newton Vieira, é homenagear, depois, outros filhos ilustres da cidade, entre eles o escritor e primo de Zuzu, Lúcio Cardoso (1913-1968), autor de Crônica da Casa Assassinada, e o artista gráfico Alceu Penna (1915-1980), que trabalhou na revista O Cruzeiro e criou As garotas do Alceu.

A exposição apresentará cerca de 400 itens, incluindo documentos, objetos, fotos, roupas e textos manuscritos. Na busca pelo filho, a estilista escreveu cartas de denúncia a amigos e outras mães de desaparecidos, congressistas americanos, militares brasileiros, entre eles o então presidente Ernesto Geisel (1907-1996), intelectuais e artistas, a exemplo de Chico Buarque. As mais importantes correspondências assinadas por ela, documentos (alguns inéditos, outros, cópia), mensagens para dar coragem ou pêsames, recebidas de amigos, e artigos publicados sobre a estilista nas mídias nacional e internacional também poderão ser vistos. 

A exposição traz, ainda, material audiovisual de valor histórico, como trechos do desfile de protesto, realizado em Nova York, objetos e fotografias do filho desaparecido – muitos apresentados ao público pela primeira vez. Segundo os organizadores, o objetivo é mostrar "a criadora, mãe, empresária e militante".

Ocupação Zuzu incorpora ainda outros eventos, como uma mostra de cinema, com curadoria de Eduardo Morettin, professor de História do Audiovisual da Universidade de São Paulo (USP) e conselheiro da Cinemateca Brasileira, curso ministrado por João Braga, especialista em história da arte pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e em história da indumentária e da moda pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, além de encontros com os estilistas Ronaldo Fraga, Isabela Capeto e Gisele Dias, e personalidades que fizeram parte da vida de Zuzu, como a atriz Elke Maravilha. O evento terá curadoria compartilhada de Hildegard Angel, criadora do Instituto Zuzu Angel e do Museu da Moda, Itaú Cultural, via núcleos Áudio Visual e Literatura e Educação e Relacionamento, e Valdy Lopes Jr, que também assina a direção de arte.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/26/interna_politica,511884/ha-50-anos-estilista-mineira-zuzu-angel-enfrentou-os-militares-em-busca-do-filho.shtml

Aécio Neves critica rebaixamento do País

Um dos principais concorrentes na corrida presidencial do Brasil deste ano atribuiu nesta terça-feira (25) a culpa pelo rebaixamento do rating de crédito do País à presidente Dilma Rousseff e seu governo, dizendo que eles foram incapazes de manter políticas macroeconômicas confiáveis.

"A decisão foi de certa fora esperada, tendo em vista tudo que aconteceu até agora", afirmou o senador Aécio Neves (PSDB). O provável candidato à presidência para as eleições de outubro foi entrevistado pelo Wall Street Journal no Congresso, em Brasília.

Aécio e Eduardo Campos (PSB) provavelmente vão concorrer com a atual presidente Dilma Roussef nas eleições, de acordo com pesquisas. Atualmente, ambos estão atrás de Dilma nas intenções de votos.

"Um crescimento econômico muito fraco, o retorno da inflação, a perda da credibilidade dos investidores no País e a falta de qualquer habilidade para avançar em reformas muito necessárias" levaram ao rebaixamento de ontem, afirmou Aécio ao WSJ. A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou ontem o rating de crédito soberano do Brasil para BBB-, de BBB, com perspectiva estável.

Aécio também criticou o uso do que chamou de "manobras contábeis" pelo governo de Dilma para escorar as finanças do governo. Se eleito, Aécio prometeu manter um pulso firme sobre os gastos. O provável candidato disse que se concentraria em reduzir a inflação para mais perto do centro da meta, de 4,5%.

Durante o governo de Dilma, a taxa de desemprego no Brasil permaneceu em níveis historicamente baixos, em torno de 5,0%, e os salários subiram. No entanto, os preços aumentaram continuamente e a inflação anual está perto de 6,0%, enquanto o crescimento econômico geral tem sido fraco. Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/aecio-neves-critica-dilma-e-seu-governo-por-rebaixamento-do-pais-1.229499

Elevado Castelo Branco passará a se chamar Dona Helena Greco

Projeto de lei que troca o nome do elevado foi aprovado nesta terça-feira (25) pela Câmara Municipal


Desde dezembro de 2012 o conhecido Elevado Castelo Branco, que liga a avenida Pedro II à praça Raul Soares, na região Centro-Sul, estava sem nome após o decreto que o nominava, de 1971, ter sido revogado. Após um longo debate, a Câmara Municipal de Belo Horizonte finalmente aprovou, nesta terça-feira (25), a alteração do nome para Elevado Dona Helena Greco, que foi uma das primeiras vereadoras eleitas na capital mineira e uma das mais importantes militante contra o regime militar.

A alteração se deu após o projeto de lei de autoria do vereador Tarcísio Caixeta (PT), em 2012. Ele entrou com o pedido de renomeação de dois viadutos que homenageavam presidentes da época do regime militar: o Costa e Silva (sobre a avenida Presidente Carlos Luz, próximo ao Cemitério da Paz) e o Elevado Castelo Branco.

Os vereadores aprovaram a alteração de viaduto Costa e Silva para o nome do ex-deputado José Maria Magalhães, pai do ex-vereador José Lincoln Magalhães (PSDB).  “Já na hora de trocar o nome do Elevado para o nome da Dona Helena Greco, uma das fundadoras do PT de BH, o projeto não passou pela aprovação. Como foi revogado o decreto nº 1.972, de 1971, que nomeava os dois viadutos, até hoje ele estava sem nome”, explicou Caixeta.

Agora, a nomeação do elevado depende apenas do prefeito Márcio Lacerda (PSB), que sancionará o projeto de lei. "Não acredito que haverá qualquer problema para ser sancionada. É uma homenagem mais do que justa à uma pessoa que foi muito importante para a reabertura política no país. Essa mudança é um resgate à história do país.

Quem foi

Helena Greco nasceu em Abaeté, na região Central do Estado. Formada em farmácia, nunca exerceu a profissão, encontrando na política sua verdadeira vocação. Iniciou a militância aos 61 anos, no momento em que a população brasileira lutava pelo fim da ditadura militar. Talvez pelo momento conturbado, a mineira tenha se interessado pela luta em defesa dos direitos humanos - marca de seus mandatos na Câmara. Ela também foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhores (PT).

Em um espaço eminentemente masculino - já que, em seu primeiro mandato no Legislativo, em 1983, apenas outra mulher também ocupava uma vaga -, ela conseguiu implementar a primeira Comissão Permanente de Direitos Humanos em todo o Brasil, com o objetivo de colocar fim à exploração dos trabalhadores e lutar contra as desigualdades.

Em seu primeiro mandato como vereadora, Helena foi responsável pela primeira troca de nome de rua por homenagear uma pessoa comprometida com a ditadura. Na época, a rua levava o nome de Dan Mitrione, agente norte-americano que veio à Belo Horizonte e outras capitais brasileiras para treinar os policiais na aplicação de torturas, especialmente, a técnica de torturas com choques sem deixar marcas.  

A rua, localizada no bairro das Indústrias, atualmente leva o nome de José Carlos da Mata Machado, que militou pela Ação Popular (AP) e foi presidente do Diretório Acadêmico da escola de Direito da UFMG, morto após ser preso no DOI-CODI de Recife.

Helena foi uma das principais responsáveis pelo movimento de anistia no país. Foi presidente e fundadora do Movimento Feminino pela Anistia em Minas Gerais, em 1977, e do Comitê Brasileiro de Anistia, em 1978.

Ela faleceu em 2011 aos 95 anos, vítima de uma insuficiência cardíaca.

Fonte: http://www.otempo.com.br/cidades/elevado-castelo-branco-passar%C3%A1-a-se-chamar-dona-helena-greco-1.813555

terça-feira, 25 de março de 2014

Senadores entram com representação contra Dilma

Os senadores argumentam ser necessário avaliar se a presidente votou favoravelmente à compra por omissão ou se o processo de venda da refinaria foi conduzido irregularmente


Um grupo de senadores "independentes" entrou nesta terça-feira (25) com uma representação contra a presidente Dilma Rousseff na Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles pedem que o procurador-geral, Rodrigo Janot, investigue a compra, pela Petrobras, de uma refinaria em Pasadena, Texas (EUA).

O jornal O Estado de S. Paulo revelou, semana passada, que Dilma na época ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da transação com base em um resumo que ela própria classificou como "falho" e "incompleto". No requerimento apresentado, os parlamentares citam trechos da reportagem do jornal e alegam que a operação resultou em um prejuízo de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Os senadores argumentam ser necessário avaliar se Dilma votou favoravelmente à compra por omissão ou se o processo de venda da refinaria foi conduzido irregularmente. "Como presidente do Conselho de Administração, frisa-se que a senhora Dilma Rousseff tinha acesso a todos os documentos relativos à compra, cabendo a ela o dever de vigilância sobre os atos tomados pelo colegiado", consta no texto da representação entregue a Janot.

Um dos integrantes do grupo, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), disse haver a possibilidade de a presidente ter cometido crime de prevaricação, que consiste em "retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". Segundo ele, o procurador-geral da República prometeu dar celeridade e objetividade à apuração.

Também foram ao Ministério Público os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Cristovam Buarque (PDT-DF), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Ana Amélia (PP-RS).

Antes de se dirigirem à PGR, o grupo conseguiu aprovar nas Comissões de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle (CMA) e a de Assuntos Econômicos (CAE) convites ao ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e à presidente da Petrobras, Graça Foster, para esclarecerem as denúncias de compra da refinaria de Pasadena em audiência pública conjunta. Na tarde de hoje, parlamentares da oposição da Câmara e do Senado se reúnem para discutir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a operação.

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/senadores-entram-com-representa%C3%A7%C3%A3o-contra-dilma-1.813356

Vitor Penido assume em breve e promete reduzir a máquina

Publicação da decisão que cassou o prefeito Cassinho vai permitir que deputado volte à prefeitura

Apesar da possibilidade de ainda haver uma “guerra” de liminares pelo comando da cidade, a Prefeitura de Nova Lima, na região metropolitana da capital, deverá ter um novo prefeito já a partir da semana que vem. Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE-MG) confirmou a publicação, até a próxima semana, da decisão que cassou o mandato do atual prefeito Cássio Magnani Júnior (PMDB) por abuso de poder político nas eleições de 2012. Isso permite que o segundo colocado na disputa, o deputado federal e ex-prefeito Vitor Penido (DEM), assuma o posto.

Com a sinalização da Justiça, Penido deu ontem os primeiros indicativos das mudanças que pretende implementar no município. Além de mais investimentos em educação, saúde e segurança, o ex-prefeito – que comandou a cidade pela última vez em 2004 – garante que irá reduzir o tamanho da máquina pública. Ele afirma que, nos últimos anos, os gestores de Nova Lima aumentaram consideravelmente o número de funcionários, de cargos comissionados e os gastos com aluguel de imóveis e automóveis. “Hoje são mais de 800 comissionados. Na minha época, eram pouco mais de 200. Com certeza, vamos cortar. A prefeitura não pode ser um cabide de emprego”, critica.

O deputado cita ainda o secretariado do município. “É um governo de continuidade. Vamos colocar gente de confiança nossa para resolver os graves problemas que existem em saúde e educação”, garante o parlamentar, que acredita na possibilidade de assumir o cargo ainda nesta semana.

Silêncio. Cassinho e a vice-prefeita, Maria de Fátima Monteiro (PT), foram cassados por unanimidade na última quinta-feira pelo pleno do TRE-MG. Conforme os autos do processo, o ex-prefeito de Nova Lima Carlos Roberto Rodrigues expediu decretos de permissão de uso de bens públicos em favor dos atuais gestores. Além disso, o político teria cedido terrenos do município para a Igreja do Evangelho Quadrangular do Bonfim, o que configurou o abuso de poder e a captação ilícita de votos.

Ontem, Cassinho foi procurado na prefeitura, mas ninguém retornou aos contados da reportagem. Segundo o TRE-MG, após a publicação da decisão, o peemedebista terá três dias para recorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/vitor-penido-assume-em-breve-e-promete-reduzir-a-m%C3%A1quina-1.813183

Oposição avalia formas de emplacar CPI sobre corrupção na Petrobras

" Mais uma vez se comprova que há um foco grave de corrupção neste governo, a ala governista assim como a presidência estão tentando barrar de todas as formas a criação da CPI da Petrobras, ora, se não tem nada a esconder porque o medo(...)? Marcelo Passos"


Desafio é obter votos da base aliada do Planalto e opções são conseguir investigação na Câmara ou nas duas Casas do CongressoEm busca de dissidentes da base governista da presidente Dilma Rousseff (PT) para tentar emplacar uma investigação sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, a oposição avalia dois caminhos para levar os planos adiante. O primeiro deles seria uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) somente na Câmara dos Deputados, e o segundo, investir em um grupo misto, com deputados e senadores. Tudo vai depender do número de assinaturas que os parlamentares conseguirem nas duas Casas legislativas. 

Com cerca de 100 assinaturas coletadas, o líder da minoria, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), está se valendo de uma manobra para furar a fila de CPIs na Câmara. Em vez de tentar protocolar diretamente o pedido de investigação, está colhendo adesões para um projeto de resolução que criará a CPI. São necessárias 171 assinaturas e, pelos cálculos do parlamentar, a oposição só conta hoje com 122 deputados. “Esperamos chegar rapidamente a esse número, mas só conseguiremos com a adesão de alguns dissidentes. Os descontentes do governo virão de parte do PMDB, do PP, do PTB, do PDT, então, estamos acreditando que conseguiremos”, prevê.

O problema dessa sistemática é que, depois de colher assinaturas, segundo Sávio, será necessária aprovação em plenário por maioria absoluta, aí são mais 257 votos que entram na conta. “Conseguimos aprovar a criação da comissão externa, então poderemos conseguir também”, diz. Mesmo assim, o grupo estuda outra alternativa, que é pedir uma comissão mista. Nesse caso, além das 171 assinaturas de deputados federais, são necessárias 27 de senadores. “É uma alternativa que não depende de votação em plenário e não se submete à fila da Câmara. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) está tentando conseguir as adesões, mas no Senado é mais complicado porque a oposição não tem esse número de senadores e a dissidência lá é menor do que na Câmara”, avalia. 

Para discutir as alternativas, Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República, chamou os líderes da oposição para uma reunião hoje à tarde. Os oposicionistas querem investigar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. Em nota divulgada na semana passada, a presidente Dilma Rousseff, que comandava o Conselho de Administração da Petrobras à época do negócio, afirmou que não sabia de detalhes importantes do contrato, como a cláusula que obrigava a estatal a comprar o restante da refinaria em caso de desentendimento com o sócio belga.

A Petrobras tornou-se sócia da Astra Oil em 2006, ao adquirir por US$ 360 milhões 50% da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Um ano antes, a companhia belga havia pago US$42,5 milhões pela usina inteira. Depois de uma batalha judicial, a estatal brasileira foi obrigada a adquirir o restante de Pasadena, que terminou saindo por US$ 1,18 bilhão. Em meio à crise, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso na semana passada sob suspeita de envolver-se em esquemas de lavagem de dinheiro que teriam movimentado R$ 10 bilhões. 

Segundo Domingos Sávio, enquanto a oposição não conseguir as assinaturas necessárias para a CPI, os parlamentares vão usar a comissão externa de investigação para “adiantar” os trabalhos. Será possível avançar, por exemplo, na investigação de um caso de suposto recebimento de propina por funcionários da Petrobras por uma empresa holandesa que aluga plataformas flutuantes. 

Diante da movimentação pela CPI, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil, criticou ontem no plenário do Senado a intenção de parlamentares investigar o caso Pasadena. Com denúncias de superfaturamento, a aquisição já vem sendo investigada pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União e pela Polícia Federal. "Alguns parlamentares insistem em fazer política eleitoral para atingir a presidente Dilma e falam em reuniões para discutir a convocação de CPI para saber das responsabilidades do governo e da presidente. Estive por três anos trabalhando ao lado da presidente. Sou testemunha da sua correção e do seu compromisso com os interesses do país”, disse Gleisi. 

Após a fala da ex-ministra, o senador José Agripino, líder do DEM no Senado, que presidia sessão de ontem, rebateu: "Sem querer polemizar como presidente, o que vi no fim de semana como cidadão foram pessoas querendo a instalação de um modo de averiguação rápida, de esclarecimento rápido, de dúvidas que afligem as pessoas", rebateu Agripino.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/25/interna_politica,511437/oposicao-avalia-formas-de-emplacar-cpi-sobre-corrupcao-na-petrobras.shtml